segunda-feira, 4 de junho de 2007

"Morreu-se!"

Seria assim que a L. diria se lhe tivéssemos contado a verdade. Mas não contámos, nem a ela nem aos irmãos. Dissemos apenas que a gata desapareceu, se calhar à procura da sua mãe, de quem tinha saudades, de tão insistente que era o seu miar. O J. chorou, dizia que era de felicidade e de tristeza. Feliz porque a Kika ia para junto da sua mãe, mas triste porque a perdeu, logo agora que já estava habituado a ela e nem tinha medo...
- De certeza que ela está bem, não se preocupem nem fiquem tristes, ok? - disse.
(Mentiras destas não devem ser pecado?!)
Não queria dizer isto, mas vou ter que o fazer:
Eu não dizia que os animais têm um triste fim nesta casa (aqui refiro-me à casa onde cresci)?!
O pobre animal não sobreviveu a um atropelamento à entrada da garagem que, à cautela com as suas súbitas aparições, fez o condutor entrar bem devagarinho, a tentar ouvir o guizo da coleira. Eu não dizia que isto é uma tristeza?! Sim, eu, que acabei por ganhar uma certa aversão à bicharada, até já deixava a gata dar umas voltinhas no meu "burgo" e tinha mesmo uma caixa no terraço para o leite que ela bebia.
É por estas e pelas outras que já contei que eu prefiro os bichos de peluche, que podem ser grandes, pequenos, de várias raças, cores e proveniências e que, após um acidente não muito aparatoso, ficam novinhos em folha depois de uma ida à máquina de lavar!
Isto já não é feitio, é fado!!!

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