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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Vizinhos

Os vizinhos são os amigos de fim de tarde, de fim de semana e das férias do Verão.

Em tempo de aulas, se não há testes ou deveres para o dia seguinte, correm todos lá para fora ao encontro dos vizinhos. Eles estão sempre por lá, pela rua ou no ringue

É verdade, a nossa rua tem um ringue, meio esquecido, meio maltratado, mas que ganha vida quando os vizinhos se juntam por lá a brincar. E aí, a imaginação é o limite. Jogam à bola, andam de bicicleta ou de patins e saltam de skate, em acrobacias impróprias para espetadores mais sensíveis. Têm quase todos idades diferentes, mas encontram sempre interesses comuns quando se fala de brincadeira. Até a pequenina Leonor de 2 aninhos, se quer juntar aos vizinhos mal ouve as gargalhadas que vêm de lá de fora ao fim da tarde. 

Por lá os vizinhos, são os "vizinhos do ringue" e se falha algum do grupo, batem-lhe à porta a chamá-lo, não vá ter-se esquecido.

Agora nas férias, quando o calor aperta e a tarde ainda é longa, dão uns mergulhos na água, a fingir que a nossa rua é um resort e continuam a brincadeira na nossa casa.

Dos vizinhos ninguém se cansa, com os vizinhos ninguém se zanga, são uma espécie de irmãos de rua, numa amizade descomprometida e descomplicada.

Lancham ou jantam de vez em quando em casa uns dos outros, e o recado dá-se à janela, de lá, onde a mãe nos ouve. E comida, não há como a da vizinha!

Os meus vizinhos eram os amigos do "souto", o parque de austrálias bem no centro do Curro, para onde corria toda a criançada do lugar. As mães chamavam para o jantar do alto da rua, porque sabiam que estávamos todos lá. Uns chegavam com os joelhos esfolados  outros a choramingar por um arrufo mais resolvido (esta era eu!). Mas no dia seguinte, estávamos lá todos outra vez.

Cá para mim, os vizinhos deviam ser elevados a património histórico mundial!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

como novos...


Regressamos das férias há muito tempo e estamos diferentes!

Temos vindo a conhecermos-nos de novo, calmamente, a sentir e a perceber tudo o que esta mudança fez em cada um de nós.

É fantástico como uma viagem faz tanto pelas pessoas, sobretudo pelas pessoas, umas com as outras. Para mim, e agora para eles também, as viagens e as experiências que vivemos enriquecem-nos e fazem de nós aquilo que somos e queremos ser, são património nosso.

Atrevemo-nos a ir de carro, porque Paris é muito mais do que a Disney, mas Paris, mais Disney, mais 5 cadeiras no avião, somam euros a mais. Até por isso, crescemos mais, conscientes das necessidades de gestão permanente dos recursos, definindo objectivos e fazendo opções.

Todos usufruímos da viagem com muita curiosidade e vontade de conhecer o caminho que percorremos. Com pouca electrónica e muitos jogos e histórias, fizemos umas centenas de km e pernoitamos em Bilbau. Conhecemos o imponente museu Guggenheim e tiramos um par de horas para brincar e recuperar forças.

No dia seguinte já a língua era outra e o sonho estava cada vez mais próximo de acontecer.
Estivemos 3 intensos e divertidos dias nos Parques da Disney, onde testamos todos os nossos limites. Eu já tinha estado lá há muitos anos, mas só agora com o estatuto de mãe. Ignorei os meus medos, esqueci o comodismo e lá fomos nós, em subidas e descidas alucinantes, loopings não recomendáveis, com emoções irrepetíveis. Gostaria muito que a Leonor fosse menos parecida comigo e não sentisse os mesmos medos que dão voltas à barriga e fazem saltar as lágrimas dos olhos. Nestes momentos, o nosso abraço forte e as mãos bem juntas confortam, mas não aliviam. Ela teve medo, muito medo, mas não quis deixar de sentir nenhuma destas emoções.

O João cresceu, cresceu muito e mostrou-nos que é mesmo ele o filho mais velho. Ajudou-nos na logística dos mantimentos e no apoio aos irmãos.



Geriram muito bem o impulso consumista que nos atingiu a todos, espicaçado por todas aquelas lojas repletas de histórias, de brilhos e animação e andaram 3 dias a escolher o brinquedo que seria a sua principal recordação destes dias.

A Leonor deslumbrou com a Princesa Tiana, curiosamente (ou se calhar por isso) a única que não é verdadeiramente uma princesa e ficou sem fôlego quando ela passou mesmo à sua frente e lhe disse "Bonjour!"

Ficamos sempre até à noite para ver o fogo de artifício e trazer a magia da animação para os nossos sonhos. E valeu sempre a pena. Apesar de esgotados, aguentamos até ao brilho do útimo fogo e num desses dias ouvi do Gonçalo a declaração de amor mais linda da minha vida:



- Vês mãe, isto (o fogo de artifício) foi tudo para ti, só para ti!

Retribui com colo, abraços e beijos!

Depois chegou a vez da cidade da Luz, a única que me enche realmente as medidas e deslumbra em cada esquina, a cada passo.


É a quarta vez que estou em Paris mas a primeira com o Rui, que também já a conhecia de outros tempos. Foi uma viagem diferente também para nós que juntamos ainda mais a nossa história com mais de 21 longos e bons anos. Subi pela primeira vez à Torre Eiffel e percorri o Sena ao cair da noite e foi muito bonito. Sei que para ele também foi diferente, porque sentiu nos pés a imensidão da cidade e viveu intensamente cada uma das histórias que partilhamos de todos aqueles lugares únicos.
Para os meninos foi magnífico! Eles revelaram uma resistência irrepreensível e uma vontade imensa de reter tudo aquilo que os olhos lhe mostravam. Queriam saber porquê, quando e quem, exactamente onde... Ficou prometido um regresso, com 3 dias guardados para o Louvre e mais 1 para D'Orsay, com um fim de tarde no Pompidou e uma subida a La Défense, onde se avista a cidade, numa perspectiva muito nova.




 Depois, chegou a vez deles de nos contarem a história de Quasimodo e das gárgulas, que ganhavam vida ao cair da noite e da bela princesa que se apaixonou por um monstro.


O João atingiu a primeira maioridade em Paris, um privilégio para quem faz anos nas férias! Nesse dia era ele o Rei e levou-nos a La Villette, curioso com as projecções tridimensionais em La Geóde que lhe falei. Acabamos um dia com gelados e crepes a fazer a vez do bolo de aniversário. Não cabia em si de contente e nós com ele!
Com chuva a cair na pele, percorremos os Champs Elysées, em busca do obelisco da Place de La concorde, onde o Gonçalo deu um monumental tombo no chão, felizmente sem estragos.
E tinha mesmo que ser, porque durante toda a viagem, ele caminhou o dobro dos kilómetros que cada um de nós percorreu porque saltou de meco em meco, subiu e desceu escadas, alheio aos passeios e às ruas, sem dar a mão nem pedir colo, e nunca deu sinal de cansaço.  Ao fim de alguns dias, o mapa do metro não tinha segredos para a Leonor que, dominada pelo seu espírito matemático, decifrava sozinha o trajecto que teríamos que seguir para chegar a qualquer ponto da cidade.



Depois de recuperarmos o fôlego desta viagem e quando o PEC nos der uma folga, gostaríamos de nos aventurar por outras paragens, conhecer outras gentes, outras culturas, da mesma forma, a passo, sentindo o cheiro e os sabores de cada lugar, sobretudo agora que temos excelentes companheiros de viagem.

sábado, 14 de agosto de 2010

férias antes das férias

Antes das Férias com letra maiúscula, fiquei uma semana só com eles, só para eles.
Esqueci tudo aquilo que queria fazer com tempo e corri os dias sem agenda, pelo menos a minha agenda.
Começamos a semana na constrolândia, e passamos aí uns pares de horas a criar formas, desenhar cores e a inventar brinquedos. 
A Leonor quis participar num concurso que estava aí a decorrer criando o incontornável piano de cauda.


O Gonçalo foi angariando ofertas, apresentando às vendedoras o seu melhor sorriso, e acabou a tarde com uma frota de barcos.


Irrepetível, o João fez-se fotografar com as figuras gigantes em exposição simulando cenas de plena acção cinematográfica.

Dias de praia e de  piscina, compras e cinema, os dias passaram depressa, a abrir o apetite para outros dias mais longos.


Ainda experimentaram a comida chinesa que estranharam um pouco, mas comeram até ao fim com os pauzinhos que receberam, e nem podia ser de outra maneira.



A ver o mar, acabamos o dia em que "tombei" 36 anos, a sentir o cheiro a sal bem fundo, com um sabor de um tempo muito bem passado.
 


 Enquanto nos preparamos para a viagem, fui mãe de "muitos menos", "manca" do mais pequeno que está a passar uma semana de férias a sul, a acompanhar o amigo Simão. Dói um bocadinho, que isto de se ser liberal não é fácil, mas os filhos não são nossos, são do mundo e o mundo é muito grande.




Assim que ele chegue, estamos de partida, pela estrada longa que nos leva até à cidade de Paris, a da Disney e a da luz, esta mais que a outra.  

Eu tenho a certeza que esta viagem ficará guardada para sempre nas suas vidas, ou não seja Paris a cidade mais bonita do mundo!

Allons-y!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

de volta



Escondo os relógios, recupero horas de sono e esbanjo mimos.
Retempero as forças e reajusto os ponteiros.
Vou da máquina de costura para as agulhas e passo pelo computador. Sem compromisso!
Termino projectos (este e este), começo outros e penso nos próximos. Sem pressa!

Só que as férias acabam e já não se comem gelados de baumilha num corne de bolacha, mas ainda se sente o cheirinho a mar.

domingo, 16 de agosto de 2009

Indo eu, indo eu


Nas salas de espera, nos almoços demorados, na bancada da piscina, na escola de música e nos dias de férias, levamos sempre connosco uma mochila com papel branco, livros de actividades e um grande estojo de lápis de cor.


Temos várias séries de 6/12/24 descasados e incompletos, empilhados numa caixa onde vamos resgatando um conjunto de cores para servir os artistas nos sítios mais improváveis.

Desde que vi este modelo, pensei que era o elemento que faltava na nossa mochila dos desenhos (que também encontrei publicado neste livro imperdível).
Procurei na caixa dos retalhos as cores de cada lápis, com tecidos daqui e de muitas outras prateleiras do lado de cá e de lá do oceano, juntei-lhe um tecido colorido e uma fita a condizer.



Acabei ontem, mesmo a tempo de levarmos amanhã para férias, com 24 cores alinhadas, cada uma com tecido a condizer, para alegrar horas (se calhar são só minutos) a colorir os desenhos que lhes saem dos lápis de carvão.


E não fosse a relva tão bem aparada antes de sair de casa, as fotografias tão teriam ficado tão bonitas. Como agradecimento, levo o "jardineiro" comigo de férias. ;)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

destes dias


Vai para 3 semanas que temos visitas em casa, entre sobrinhos e amigos dos meninos, à mesa nunca somos menos de 6 nem mais de 10 (e ainda nem chegaram as férias, a dos adultos, é claro!).
Montamos uma piscina maior, reforçamos a despensa com bolachas, iogurtes, pão e salsichas para os cachorros e maçãs, vários quilos de maçãs e temo-nos entendido cá todos. As camas também estão todas ocupadas e às vezes despacham-se 2 para a casa ao lado. À parte as habituais pegas entre irmãos e um ambiente sonoro com decibéis acima do permitido, ninguém resiste às rotinas da casa. Seja mãe, tia ou nada disso, aqui quem usa saia é mãe e se a mãe manda comer tudo, os meninos comem tudo e vêm o rosto espelhado no prato.
Com algumas folgas, obviamente, que eles não deixam passar despercebidas:
- Queres cenouras M.?
- Não, obrigado.
A L.:
- Eh, ó mãe, e nós temos que comer???
- Tem paciência, o M. não é meu filho e vocês são...
Diz ela...
- Ó tia!!!



Também já não me lembro de ir ver um filme para adultos e já sei os genéricos do Disney Chanell todos de cor. Em contrapartida, como pipocas sem constrangimento numa fila do cinema ocupada pelos netos da minha mãe e recebo mais abraços por dia do que poderia imaginar. Quando os ânimos se exaltam e os impulsos não se refreiam, vamos pintar, brincar e criar autênticas obras de arte.




Este foi o meu presente de aniversário, à minha espera desde as 7h30m da manhã, numa mesa posta com pratos e talheres para comer panquecas que eu haveria de fazer, enfeitado com um vaso desviado da janela da cozinha.



E agora com licença que eu vou festejar 35 anos a jogar bowling (e a levar com uma banhada de strikes marcados por eles) e a comer batatas fritas e pipocas, no meio de 4 abaixo dos 10 anos. Embora me apetecesse torrar ao sol da praia a fazer hexágonos de tecido, com agulha e linha, envolvidos nos papéis que eles me ajudaram a recortar. Mas não seria a mesma coisa...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

transatlântico



Fomos e voltamos, sem perder nenhum pelo caminho.
Depois de 4 horas sobre rodas, mais 7 horas sobre asas e mais 2 horas sobre rodas (e umas quantas sobre pernas) ainda chegamos mais depressa ao Brasil do que o Pedro Álvares Cabral.


Pelo caminho, foram intoxicados por chupa-chupas e pastilhas elásticas, incrédulos com tanta benevolência da mãe.


- A sério, posso comer outro chupa? Mas comi um ainda agora?!


Se os atrasos na descolagem fossem maiores eu chegava com as crianças sem dentes...



Para grande vergonha minha, falhou a logística nos preparativos e os protectores solares xpto comprados com uma antecedência milenar, ficaram em casa e tivemos que recorrer aos produtos locais. Vieram mais moreninhos, e deixa lá isso, porque ninguém se queimou.



Não se queimaram, mas esborracharam-se logo ao 2º dia, porque os meninos não são de perder tempo:

A L. pisou a cana do nariz num trajecto subaquatático sem abrir os olhos. Afinal a piscina era mais estreita do que ela estava à espera...


E o J. mergulhou directo ao fundo da piscina e deixou lá ficar um bocadinho dos dentes.

Para susto já lhes valeu, porque andaram mais sossegados o resto da semana.


Só os mosquitos não deram tréguas, que chegavam sem fazer barulho, mas mordiam bem melhor!!!


Em regime de tudo incluído, porque viajar com estes alarves tem o que se lhe diga, nem eles acreditavam na facilidade do sistema:



- E podemos pedir tudo o que quisermos?!
- Quase tudo...
- E não temos que pagar?!
- Nós já pagamos antes...



2 ou 3 dias depois já queriam ser brasileiros e encarnaram o espírito de tal maneira, que passavam o tempo a dizer:


- Cáramba!
- Vamos prá praia, todo o mundo!




Provaram muitas frutas e aprenderam a gostar de algumas: mamão, manga, graviola, maracujá, caju.


O mais exótico de todos é mesmo o G., que comeu, tapioca, feijão preto, calabresa, milho e muita, mesmo muita melancia.




Havia um clube infantil muito animado pelos "tios", que passavam o tempo a convidá-los para a brincadeira.


Eram muito criativos, com oficinas durante o dia e animação à noite.


O Jacaré na praia (caçadinhas com tinta) foi um sucesso...






...e a oficina de pipas (papagaio de papel) foi muito divertida.






Numa roda de apresentação aos outros meninos, eles identificaram-se assim:



- Eu sou o G., venho de Canelas e quero ser futebolista.

- Eu sou a L., venho de Canelas e quero ser duende.

- Eu sou o J., venho de Canelas e quero ser quem sou.




Mas nenhum deles se entusiasmava muito e gostavam mais de estar connosco a brincar.




Foi bom assim, sem regras, sem rotinas e com muito sol.


Andamos de buggy...



...e de canoa, em direcção a África!




Deu tempo para tudo, para tricotar...




...e pôr a leitura em dia...






Ficou na boca o gosto da tapioca de coco, do doce de mamão, da macaxeira frita, do peixe com molho de coco, da feijoada, da farofa e de todas as frutas!


No fim da viagem, a L. pergunta qual é o continente que vamos conhecer no próximo ano...o Europeu, porque nós temos que ganhar fôlego!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Sintra



Antes do ano acabar, ainda fomos apanhar novos ares em terra saloia.

Vimos os 2 o ano passado o que queríamos mostrar aos 3 este ano (pelo menos foi o que lhes dissemos...).

Um aniversário logo no primeiro dia, animou a malta no restaurante do hotel, e que importante que o G. se sentiu por apagar as 4 velas numa fatia de bolo de chocolate!!!
Depois veio o presente surpresa, que estranhamente ele não reclamou uma única vez durante o dia, enquanto brincou na neve.

Palácios, castelos, jardins, museus...e eles a pedir para irem para o otl (mesmo sem piscina, era lá que eles gostavam mais de estar).

Ai's e resistências antes de entrar.
Ah's e quero mais depois de sair, com muitos pormenores da história de Portugal para adoçar a visita.
A manter o ritmo das pegas entre eles estiveram duas máquinas fotográficas para 6 mãos, mas ainda deu para os pais brincarem um bocadinho ao Olha que eu vou-te apanhar!!!...e apanhou... e eu a ele, mas não mostro ;)
E no Museu do Brinquedo, o que eu encontrei...tinha que ser!!!





Antes de virmos embora ainda nos esconderam o carro (há quem lhe chame reboque), porque estava estacionado no lugar de taxi... Olha lá a diferença: e o que fazemos nós senão serviço de taxi a 3 ninjas armadilhados de energia extra que nem sequer pagam a corrida?!!!

domingo, 2 de setembro de 2007

Os tempos estão mudados!


Depois de um Julho sem chuva e de um Agosto ventoso, temos um Setembro com sol.

Está tudo doido!

Desde miúda que me lembro de o mês de Agosto ser o mês da praia por excelência, com autocarros cheios de crianças, bóias e lancheiras. Até os carros iam a abarrotar de passageiros.

Lembro-me de a minha mãe ir connosco (quando ainda éramos só dois) para a praia de Miramar, mesmo junto à Capela do Senhor da Pedra. Levávamos também os nossos primos quase todos e éramos pr'aí uns 7 "índios" a bordo (a Brigada de Trânsito que não saiba...).

Naqueles tempos era a única forma de os meus primos irem à praia, porque a vida era mais difícil para alguns e com uma Titi professora, as coisas iam-se compondo.

(Que sorte tem a geração dos meus filhos!)

A praia era então de dia inteiro, com direito a barraca montada pelos primos mais velhos e habitualmente levava-se refeição quente para todos.

As brincadeiras de praia, com muitos menos baldes e pás, eram inventadas por nós, boicotadas ou "radicalizadas" pelos mais velhos. Quem não se lembra do ski de areia, ou das coroas de rei feitas com a toalha da praia...?!

As mães até tinham mais tempo para os acabamentos de costura com trabalhos de mão...

Confesso que às vezes gostava de ter sido mãe naquela época.

Como éramos muitos, ninguém se atrevia a escapar e mantinhamo-nos todos por perto até à hora de ir ao banho. Sim, porque havia hora de ir à água, após as sincronizadas 3 horas de digestão.

Lembro-me perfeitamente de a minha prima Lete fazer-me o baptismo de água do mar. Fartei-me de gritar, porque sempre fui uma mimalhona!

Hoje recordei esses dias porque, depois de 3 semanas de férias em Agosto e com 3 idas à praia por pouco mais de 1 hora, corridos que vínhamos com o temporal que se sentia nestas praias do Norte, estou no dia 2 de Setembro na praia com um sol esplêndido e sem ponta de vento.
Estive a jogar raquetes com 2 dos meus filhos, já a começar uma discussão, porque queriam que eu fosse a "lançadora" para os dois, não admitindo passes um para o outro (alguém me explica como é que isto se faz???). Logo eu, que já estava frustrada depois de estar a tentar jogar "futebol fintado" com o J.. Porque é que ele não se convence que eu só percebo de fitas e não de fintas?!

O.K., só me estou a queixar porque o babby sitter das crianças, que por acaso também é o pai delas, resolveu ir correr à beira mar e me deixou entregue à "bicharada" (salvo seja, senão faz de mim também bicho...), sempre faminta de jogos de praia. E eu não tenho mesmo jeito nenhum para a "poda"!

Assim se prevêem os dias de Setembro, sem as nortadas de outros tempos e com um sol que só vamos poder "provar" ao fim de semana...
(A imagem do topo foi digitalizada do livro "Gaia por revelar")

domingo, 26 de agosto de 2007

Último dia de férias!

Deu direito a tudo...

Depois de umas cacetadas e impropérios do G. para a L., que a título excepcionalíssimo estavam a ver um DVD à meia noite, o pequeno aterra em contra-a-mão na cama do J. e a L. ainda o cobre com uma manta "para ele ficar mais confortável", diz ela. Chega-se a nós, conta-nos o que fez e ainda acrescenta:


- "Ele é tão bonito quando está a dormir!"


Eu penso que o desabafo foi sincero, mas depois do que ele lhe fez, até parecia ironia!!!


Mais tarde e a horas que me recuso a revelar, sob pena de vir a ser visitada pela Comissão de Protecção de Menores, fomos costurar os 3, enquanto o pai se dedicava ao berbequim e à chave de fendas (esta é mesmo uma casa de doidos!).


O J. fez umas cuecas para as bonecas e um patchwork de tecidos (unidos com cola...)

e a L. fez uma toalha para a mesa da sua casinha de madeira.



De agulha, linha e tesoura, estiveram os mais velhos entretidos mais de uma hora, enquanto eu fazia o colchão da cama da Clara.


O pai também fez um excelente trabalho ao montar a estante nova que comprei (que é mesmo a minha cara...) para guardar os livros de bordados que já estão a abarrotar no outro armário...


Antes de dormir, ainda espantamos 4 moscas varejeiras (algumas sem vida, é certo), de almofada em punho, quais soldados em frente de combate!!!


E eu juro que não digo mesmo a que horas fechamos todos os olhos, porque foram realmente indecentes...