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terça-feira, 29 de abril de 2008

Boca doce


Como é que há coisas que não mudam em 30 anos?!!!



O boca doce ainda "é bom, é bom é" e os flocos de neve têm o mesmo sabor de fruta!



Digo eu e dizem eles!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

laranjas doces



São doces, sumarentas e portuguesas.
São daqui e desta vez fui eu que as apanhei.
Hummmm!!!!
Em gomos, em sumo ou em torta, usamos e abusamos e o dono até fica satisfeito.
Aqui vai a receita da Torta de laranja:
8 ovos
400g açúcar (ou menos)
raspa e sumo de 2 laranjas
60 gr manteiga líquida
40 gr de farinha maizena (amido de milho)
60 gr côco (opcional)
Ligar o forno a 200º.
Batem-se bem os ovos inteiros com o açúcar (o mais moido possível).
Junta-se a raspa e o sumo das laranjas, a maizena e a manteiga liquida.
Se se desejar, acrescenta-se agora o côco e envolve-se levemente (dá um sabor especial e reduz a intensidade do açúcar).
Bate-se mais um pouco.
Deita-se o preparado numa forma rectangular forrada com papel vegetal previamente untado com manteiga e vai a cozer 20 m no forno já quente.
Depois de cozido, desenforma-se sobre um pano húmido polvilhado com açúcar ou côco (o meu preferido) e enrola-se cuidadosamente.
Deixa-se repousar um pouco no interior do pano e quando arrefecer coloca-se no prato de servir.
Duração média após a confecção: 1 dia!
Aqui em casa às vezes nem isso...porque até o meu cunhado gosta e ele é bem selectivo nos doces...
Agora as laranjas, têm que as ir buscar a outro lado, porque estas já têm dono...:)))

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

X4

A propósito de um trabalho de casa da L., onde tinha que ordenar as datas de aniversário dos membros da nossa família, ela deparou-se com apenas 4 quadros em branco...

- Mas nós somos 5?! Falta-me espaço.

No livro encontramos solução, mas em muitas outras situações que nos surgem, é mais complicado...
  • As mesas dos restaurantes são maioritariamente para 4 pessoas.
  • Nas viagens de férias só há descontos até ao 2º filho.
  • Os quartos de hotel só colocam 2 camas extra e normalmente não aceitam alojar 3 crianças no quarto XXL que cobram aos pais.
  • Os lugares de trás do carro só com muita ginástica permitem encaixar 3 cadeiras de criança.
  • As fichas de preenchimento de dados só têm espaço para dois filhos.
  • Até o pack familiar do remédio das bichas é para 4 pessoas...
Assim é difícil não ser "quadrado"!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

estranhamente educados...

...ou apenas cumpridores dos seus deveres.
Não sei.
Os condutores quando não são empatas, são normalmente apressados, aflitos, intrometidos e demasiadas vezes agressivos para as distracções de uns (oops), as aselhices de outros e para os azares de alguns.
Hoje fiquei parada atrás de um carro que avariou na subida de uma rua de via e sentido único. Parou, estrebuchou e não mais se mexeu. O condutor esforçou-se imenso, ainda saiu do carro tentando-se desculpar pelo que estava a acontecer, mas nada conseguia fazer porque o seu carro fez mesmo greve. Voltou a entrar, ia dando à ignição mas o carro apenas soluçava.
Atrás de mim estava mais de uma dezena de carros e, para meu espanto, e satisfação, ninguém buzinou, mas também ninguém se mexia. Como tinha mesmo que ir trabalhar, sai do carro e do alto do meu metro e meio ofereci-me para empurrar o carro para uma zona que permitisse a passagem dos outros, não sem antes apelar ao condutor do carro de trás, que era moço jovem e mostrava ter força nos braços.
Passados uns segundos já éramos uns quantos, uns de fato, outros de tacões e aqui a menina de sapatos de verniz, a dar ao carro aquilo que ele não tinha.
O dono ficou mais tranquilo, embora o seu almoço ainda fosse demorar bastante a chegar, e nós podemos ir todos à nossa vida.
Fiquei contente, afinal nós, os condutores, os portugueses, não somo assim tão arruaceiros no que toca a andar na estrada.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

viagem medieval



Fui aos rascunhos deste blog e encontrei um tema de que não cheguei a escrever: a visita à Viagem Medieval, em Santa Maria da Feira, nas férias de Verão deste ano.
Se calhar lembrei-me disto agora porque o sol de Verão se decidiu a ir embora e o frio chegou para ficar.
Estava prometida a história, não estava esquecida, mas está manifestamente atrasada.
Pois todos os anos lá vamos nós fazer a viagem medieval, com (quase) tudo a que temos direito: jogos, espadas, desfiles, sandes de carne de porco, bebida em jarro de barro, muito pó, muita confusão e, é claro, muita animação.
É extraordinária a forma como este evento tem vindo a ser organizado, com cenários e figurantes vestidos a rigor, cenas dramatizadas no meio da rua e numa envolvente geográfica única, com um castelo no alto e um rio a dividir o terreiro. O espírito da época está de tal modo enraizado no ambiente ao redor que nós é que nos sentimos desfazados de calças de ganga e sapatilhas.
Costumamos ir lá pela tarde, para que os meninos possam brincar e participar nos jogos organizados para o efeito e eles topam a tudo. A mim, deixam-me sossegada a segurar nos sacos e nos casacos, de máquina fotográfica em punho a registar o acontecimento. Felizmente para eles, o pai é mais dado à brincadeira e é ele que os puxa para jogarem em todas as "tasquinhas".
Todos os anos saimos de lá com uma espada e este ano até com escudo, o que me causa muitas arrelias nos dias seguintes em casa.
Também quem me manda cair sempre no mesmo erro. Enfiava-lhes um naco de fogaça na boca e estava feito, mas tenho a mania que sou "fixe"!!!
Com o avô por perto, então é impossível, porque ele satisfaz os pedidos da criançada sem qualquer negociação.
Este ano ainda assistimos ao desfile, que muito os impressionou, com "aqueles homens a deitar fogo pela boca" e os mochos que desfilavam ao ombro do tratador (já com a L. agarrada ao meu pescoço).
Pela primeira vez, assistimos às Justas Medievais, que encenam uma luta entre dois guerreiros a cavalo, cada um com as suas armas.
Sentamos-nos do lado dos vermelhos, que puxavam pelo seu guerreiro, contra os azuis, na bancada oposta.
Ao longo de toda a luta o vermelho saiu vencedor e exibiu um carisma arrogante e de desprezo perante o seu adversário, recorrendo mesmo à batota para não se ver vencido. Os miúdos estavam ao rubro, com a iminente vitória que se antevia. Contudo, numa viragem final, o azul ganhou e de forma justa e ordeira.
Foi aplaudido por todos, ou por quase todos...porque as crianças da equipa dos vermelhos, a que não escaparam os meus filhos, saiu frustrada com tão humilhante derrota.
Ainda me dei ao trabalho de explicar que não é pela batota que se ganha, mas pelo esforço, desempenho e perícia e nisso o azul foi superior.
Não entenderam!
Arrisquei-me dizendo que o vermelho mereceu bem a derrota, porque foi batoteiro e isso não é jogo...
-E....???? Nós queríamos é que ele ganhasse! Amanhã vimos cá outra vez e sentamos-nos do outro lado!
.................
Não fomos, obviamente, mas ficou muita coisa por esclarecer naquelas cabecinhas.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Mini Zoo


Neste fim de semana fomos à festa de aniversário do T., o meu sobrinho do meio, na quinta dos seus avós.
À chegada, fomos recebidos com a informação de que haveria visitas guiadas ao "Mini Zoo" instalado na quinta, sob orientação do P., o seu irmão mais velho.

Em abono da verdade, devo dizer que se tratava mais de um mini parque ornitológico, pois a exposição era de aves, embora de diversas espécies.

Estavam agendadas as visitas de hora em hora, e os convidados foram distribuídos pelos diversos horários.

Confesso que andei toda a tarde à volta da piscina, com um olho para cada lado, à cuca dos meus três que não saíam da água e acabei por me deixar ficar para o fim.
Para complicar, a tempestade de Domingo também passou por lá e apanhou-nos a todos desprevenidos, que tivemos de correr para as áreas cobertas, com crianças, brinquedos, toalhas, lanche e tudo o que estava ao ar.

Com grande pena por não ter visitado a tão anunciada atracção turística do dia, lamentei-me. Imediatamente o P. voluntariou-se para guiar uma visita excepcional ao seu mini zoo, sob chuva torrencial, munindo-se com a sua capa de chuva.

Os meus rapazes quiseram-me acompanhar (que rica ideia a deles, sobretudo o pequeno, que tive que levar ao colo!!!) e lá fomos de passo ligeiro.

Junto à entrada do viveiro, agora baptizado Mini Zoo, estava afixada a designação de cada espécie, identificada pela respectiva fotografia.


O P. "coloca" a voz e começa a descrição de cada um dos seus pássaros.



Vimos então o papagaio do Senegal, que se chama Lelo, que apesar de os da sua espécie serem um pouco agressivos, este tem-se mostrado pacífico com os seus vizinhos. No entanto, o P. está alerta e vai observando o seu comportamento, esclarece.





Seguiu-se a Caturra, que é amarela,com uma poupa muito bonita e tem a sua origem na Austrália. Soubemos então que se distingue o género pela cor laranja que apresenta na bochecha.






Há ainda um casal muito colorido no viveiro do P., os Agaponis, ou chamados "Pássaros do amor", porque quando acasalam, nunca mais se separam.

E era vê-los ali, sempre juntos...



Não faltavam também os mandarins e os bicos de lacre, que são as aves indicadas para quem pretende iniciar a instalação de um viveiro e que ainda tem pouca experiência com pássaros!






Depois de tão exaustiva explicação e no meio de várias medidas de segurança(abre porta-entra na ante câmara-fecha porta-abre outra porta e sai) o J. pergunta ao P., entusiasmado:
- E estes ninhos, foram eles que fizeram?
- Não, foram comprados!
É assim, há que dar tempo para o casal se conhecer melhor!

domingo, 26 de agosto de 2007

Arrumações

As férias são sempre uma boa oportunidade para as arrumações de maior vulto. Pelo menos para mim, é isso que acontece, tal é a tralha que se vai acumulando ao longo do ano.
Apesar de haver espaços destinados para cada coisa, a pressa do dia-a-dia, não permite que vá sempre tudo para o seu devido lugar.

Este ano, o espaço que mereceu maior atenção em matéria de arrumações foi o "quarto da frente". Chamamos-lhe assim porque fica voltado para a frente da casa e não se destina a nenhuma função em especial, mas a várias em particular. É o espaço de pintura, leitura e de jogos dos meninos, é onde tenho a tábua de passar a ferro e todo o "arsenal" que se vai acumulando para a "engomadoria" e é também o meu atelier e biblioteca de crafts. Foi aqui que levou a maior mexida.
Apesar de organizadas as revistas e alinhados os livros, a quantidade já não era compatível com o espaço.

Por coincidência, quando fui aqui com a minha irmã, encontrei uma estante que é mesmo a minha cara e condiz perfeitamente com o uso a que a destinei.

Tirei, limpei, alinhei e revi (esta foi a parte mais consoladora da tarefa!) todos os meus livros e revistas e gostei do resultado.


Deixo aqui alguns dos meus tesouros bibliográficos...



quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Amoras

Do quintal do meu pai...




na véspera do dia de S. Bartolomeu e antes que o diabo as estrague (não é bem nestes termos que reza a história...)!
Depois de ir à máquina, ficou assim...





Hummmmm!!!!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Quem falou em reciclagem?


Falei eu! Falo eu, todos os dias, ao pai e aos filhos, tentando convencê-los a separar o lixo das pequenas coisas que vão rejeitando ao longo do dia, colocando no respectivo saco conforme a sua natureza.

Comprei uns sacos das cores respectivas para apelar à sua fácil utilização.

Começamos pelos vidros, e ninguém é capaz de o colocar no lixo doméstico.

Depois foi o papel, e quanto a este também não há dúvidas.

Agora é o plástico e até já consigo que separem a tampa dos pacotes de leite, na hora de distribuir o lixo nos sacos. As embalagens de metal, havemos de lá chegar...

Mas os iogurtes, acho que nunca lá chegaremos, porque aqui em casa ninguém os consegue lavar ao ritmo a que são bebidos/comidos...

(Vou ali num instante comprar acções da Danone, ou da Nestlé, ou da Yoplait...)

As raríssimas pilhas que aqui se consomem foram desviadas pelo J. para a campanha escolar de angariação de pilhas para o concurso dos livros (e já ganharam uma vez).

O que eu nunca pensei é que os sacos da reciclagem iam servir para uma corrida de sacos em pleno jardim pelos homens da casa...!

Isto é mais que reciclagem, é reutilização!!!

Desde que não se rebentem, sempre vão servindo para se divertirem!


segunda-feira, 23 de julho de 2007

O baú da minha avó


Fui ao baú da minha avó encontrar as roupas que enchem as recordações da minha infância. Por convite da Saloia e sugestão da Rosa, resolvi voltar a esses tempos.

Na então aldeia onde vivo (que agora é Vila e nem sei bem porquê), fazem-se, no início de cada ano, as romarias ao Menino Jesus, onde toda a freguesia se agrupa por lugares, organizando uma dança e reunindo oferendas para levar em cortejo até à Igreja Matriz, para aí beijar o Menino Jesus e depois leiloar todos os produtos numa sessão que se prolongava normalmente pela noite dentro.
A competição era imensa (agora nem tanto), o que tinha sempre o excelente resultado de se juntar ainda mais fundos para as obras paroquiais.
Vendiam-se produtos da terra, vinho, roupas, "monos" que já ninguém queria, mas sobretudo "prendas", que era o nome dado aos tabuleiros de refeições completas preparadas pela dona da casa, que depois ia ao salão paroquial comprá-las, para comer em casa com toda a família.

Sempre um bocado teatral, desde cedo me envolvi nestas coisas, mas nem tinha grande hipótese de escapar.


O meu pai, desde que me lembro, foi o leiloeiro. A quantidade de galinhas, cebolas, feijão, ovos e batatas que iam parar lá a casa era incomportável. Uma vez até comprou uma cabra e quem o mandou pastar a ele foi a minha mãe, coitada! Isto para não falar de uma cama ou até roupa que eu não sei a quem é que ele julgava que ia servir!!!

A minha avó paterna era a distribuidora das roupas tradicionais usadas pelos dançarinos que desfilavam nas ditas romarias. Empreendedora, como sempre foi, comprou, alugou e confeccionou roupas de todos os tamanhos e sobre todos os temas (pescadores, lavradores, padeiros e tantos outros) que alugava anualmente a preços simbólicos, registando os destinos minuciosamente no "livro". Não lhe escapava nada e até para rentabilizar o negócio, dividia lenços de vianense a meio (que crime) que assim já dariam para duas cabeças.

Desde pequena que a ouvia dizer "Se me tivessem deixado estudar eu daria uma grande Advogada".
O feitiço caiu-me em cima e eu não achei grande piada!!!

A minha avó, que sempre foi muito vaidosa, e com razões para o ser, desfilava no centro do alinhamento de dançarinos, vestida com a roupa mais rica e com o lindo "chapéu de alamares" (que irei fotografar assim que o encontrar), levando à cinta o saco para recolher o dinheiro no peditório que era feito a caminho da Igreja.

Toda a família era convocada para dançar, representar (em cima de um camião) ou a tocar acordeão (esta era a parte do meu irmão), lá íamos nós "puxar" pelo nosso lugar, numa alegria que contagiava quem nos via passar.


terça-feira, 17 de julho de 2007

Uma história

Há uns tempos uma amiga contou-me uma história que nem ela imaginava como foi importante para mim ouvi-la:
Numa aldeia do interior havia um sacristão que não sabia ler. Para fazer o seu trabalho e em face dessa sua dificuldade, recorria ao Padre para o ajudar decifrando o enigma das palavras.
Um dia este Padre foi para outra freguesia, tendo sido substituído por um outro Padre na igreja dessa aldeia.
Aflito com a possibilidade de ser despedido e sobretudo humilhado por não saber ler, o sacristão demitiu-se antecipadamente.
A vaguear pelas ruas da aldeia e à procura de um quiosque para comprar cigarros, chegou à conclusão que não havia nenhum nas redondezas.
Então pensou em abrir um quiosque e criou o seu próprio emprego. O negócio correu tão bem que abriu outro e mais outro e ainda mais outro até se tornar numa grande, grande empresa.
Uns anos mais tarde, quando estava no Banco para assinar um contrato, disse ao seu gestor que não o podia fazer sozinho, pois não sabia ler.
Admirado, o gestor perguntou-lhe como é que ele conseguiu ser um grande empresário, com tanto sucesso se nem sabia ler?
Adiantou-se até dizendo:
- Se o Senhor soubesse ler, como estaria neste momento?
Resposta do homem:
- Seria sacristão na igreja da minha aldeia!
Ando há muito tempo à procura do meu "quiosque". Já o criei e um dia destes está a vender "jornais".
Espero que corra bem. Preciso que quem está comigo neste projecto e me está a ajudar também acredite nisso.
Perdoem-me, foi só um desabafo!!!

domingo, 8 de julho de 2007

Temos um hóspede

Chegou ontem e tem feito a alegria do J.
É um canário e chama-se "Lelo".

(eu já não mando nada em matéria de bichos...)

Há muito tempo que o J. pedia um animal de estimação e o R. fez-lhe a vontade. Comprou o canário e até ficou entusiasmado ao saber que ele cantava muito bem.
Ficou, já não está, porque o bendito bicho canta que se farta e acordou toda a gente logo de manhã cedo. Qualquer dia já nem vais ser necessário despertador para acordar...haja alguma vantagem!
O bicho "voa" de quarto em quarto, já que o G. não lhe dá tréguas, mas tem residência fixa no quarto do J., que não abdicou desse direito para ninguém.


Aqui estão eles:


segunda-feira, 4 de junho de 2007

"Morreu-se!"

Seria assim que a L. diria se lhe tivéssemos contado a verdade. Mas não contámos, nem a ela nem aos irmãos. Dissemos apenas que a gata desapareceu, se calhar à procura da sua mãe, de quem tinha saudades, de tão insistente que era o seu miar. O J. chorou, dizia que era de felicidade e de tristeza. Feliz porque a Kika ia para junto da sua mãe, mas triste porque a perdeu, logo agora que já estava habituado a ela e nem tinha medo...
- De certeza que ela está bem, não se preocupem nem fiquem tristes, ok? - disse.
(Mentiras destas não devem ser pecado?!)
Não queria dizer isto, mas vou ter que o fazer:
Eu não dizia que os animais têm um triste fim nesta casa (aqui refiro-me à casa onde cresci)?!
O pobre animal não sobreviveu a um atropelamento à entrada da garagem que, à cautela com as suas súbitas aparições, fez o condutor entrar bem devagarinho, a tentar ouvir o guizo da coleira. Eu não dizia que isto é uma tristeza?! Sim, eu, que acabei por ganhar uma certa aversão à bicharada, até já deixava a gata dar umas voltinhas no meu "burgo" e tinha mesmo uma caixa no terraço para o leite que ela bebia.
É por estas e pelas outras que já contei que eu prefiro os bichos de peluche, que podem ser grandes, pequenos, de várias raças, cores e proveniências e que, após um acidente não muito aparatoso, ficam novinhos em folha depois de uma ida à máquina de lavar!
Isto já não é feitio, é fado!!!

quinta-feira, 10 de maio de 2007

O tempo

Vai alguém perceber este tempo?! Quem consegue acompanhar estas variações climatéricas, que não chegam a durar um dia inteiro.
Um dia a criançada vai vestida até aos dentes e chegam a casa suadas que parece que estiveram na sauna. Não sem um rol de reclamações, porque o meu amigo...estava em t-shirt e o outro até levou calções... A mãe deles é que é fixe, que percebe do tempo e deixa os meninos andar como eles gostam...quase sem roupa.
Mas como é aqui a "je" que tem que ir sempre com a criançada ao Pediatra sempre que os espirros são mais repetidos e a tosse não sossega, não há folga para facilitar, ou não fossem todos asmáticos...
Claro que toda esta preocupação, para além do rol de reclamações do sindicato das crianças da casa, também acaba na perda de alguma da vestimenta que, por estar demasiado quente, fica bem melhor nos cabides da escola. O que vale é que eu sou persistente e resgato todos os exemplares esquecidos.
Mas afinal, eu só estou chateada porque hoje resolvi ser uma mãe fixe, liberei os calções e a t-shirt (não sem o casaquinho da praxe) e veja-se o tempo...está escuro, a ameaçar chover...
Há alguém que explique a estes senhores que nós, mães de sindicalistas, precisamos de alguma estabilidade para fazer respeitar as nossas justificações aos nossos filhos?!

terça-feira, 8 de maio de 2007

Afinal é gata

Pronto, já está, é uma gata. Bastou uma análise mais atenta da minha mãe que, com a sua longa experiência com a criação de coelhos, descobriu o sexo à bicha: "é uma gata concerteza, porque não se vê nada de fora..."
Até já tem nome: Kika, nas palavras do mais novo, "hiha", uma vez que ele tem um pequeno problema com os "c".
O.K., admito que foi mais uma tentativa de a criança desbloquear aquela língua. Falta saber se os irmãos aprovam...

segunda-feira, 7 de maio de 2007

O gato (a)

Isto está a correr mesmo bem, já consigo escrever no dia seguinte... Começo a acreditar que isto pode mesmo resultar, mesmo depois de estar 10 minutos à procura do acesso para a criação de um novo post.
Mas não podia deixar de fazer aqui o meu desabafo, até porque nas redondezas ninguém me compreende. Acontece que a minha querida irmã, que acaba por ser uma dos muitos, pois é mais nova que eu 8 anos e quando nasceu alguém caiu na asneira de dizer que eu era a sua segunda mãe, o que eu levei francamente a sério, e no pior sentido da palavra, qual irmã mais velha cruel....bom eu ía a dizer que a minha irmã arranjou um diabo dum felino, que não mede mais do que 15 cm de comprimento (e quando se espreguiça), que, depois de ter escapado a um trájico atropelamento, recolheu do meio da rua e, claro está, trouxe-o para casa. Sendo que a dita menina casa daqui a um mês, imaginem onde vai ficar o gato...na casa da minha mãe que (graças a Deus, na maioria das situações) fica a escassos metros da minha e nem tem muro a dividir-nos.
Isto só podia dar num coro de 3, digo, 2 vozes masculinas a clamar à mãe para deixar entrar o gato(a). Sim, porque há uma aliada cá em casa contra o alojamento do animal, que é a minha rica filha, não por fobia como a mãe, mas por puro medo da criatura. Pronto, já perdi audiência, já desligaram o computador, mas eu queria explicar que já adorei gatos, já cuidei de vários de diversas espécies e até já chorei desalmadamente perante o triste fim da Isolda. O problema foi exactamente esse, foram muitos e todos com um fim demasiado trágico, o que me fez pensar que se calhar o problema era meu... Não sei, ganhei-lhes peteira e digo diariamente aos meus filhos que animais em casa, só de peluche e mesmo assim, poucos, porque um deles é alérgico aos ácaros. Os peixes também não têm grande história nesta casa. Já se está mesmo a ver que com a menina a casar e a debandar-se para um apartamento, para onde é que vai cair o bichano??? A minha mãe ãté tem boa vontade e nunca me manifestou a intenção de empurrar o bicho, mas tenho a certeza que a criançada me vai vencer pelo cansaço.
Bem, para já, não os deixo ler este post...já é um começo.
Ah, é verdade, o parentesis deve-se ao facto de a minha irmã ainda não ter descoberto o sexo do animal e eu é que também não vou tentar saber..