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domingo, 15 de janeiro de 2012

tempo de mudar

Um dia alguém partilhou comigo um pequeno hábito que mantinha diariamente ao deitar. Todas as noites, regista num caderno, uma coisa boa que lhe aconteceu durante esse dia: o sol da manhã, o pão fresco do pequeno almoço, o telefonema de um amigo, a conversa com um colega, um mimo de alguém... Depois, ao fim de alguns dias, semanas ou mesmo no final do ano, revia todas as coisas boas que, em cada um dos dias, lhe aconteceram e lhe foram dadas a receber, e dava graças por tanta fortuna da vida!

Esta conversa, no dia em que aconteceu, foi a "coisa boa" que recebi e uma das resoluções do novo ano. Desde o primeiro dia do ano, já registei para lá de uma dezena de coisas boas que recebi da vida e percebi o quão afortunada tenho sido. Ao olhar para os meus simples registos, reparo naquilo que valorizei durante o dia e, invariavelmente, o tempo é o termo comum a quase todos os dias. 

Faz-me feliz o tempo que pude dispensar ao deitar com um dos meninos, sem pensar que gostaria de ter estado os mesmos minutos com cada um dos 3, mas feliz por ter conseguido estar tranquilamente disponível com um deles durante aqueles preciosos minutos. 

O tempo que sobrou no fim do jantar para dar umas gargalhadas com uma peripécia do dia ou uma história recordada da nossa infância. Sem pensar no tempo que demoraram a sentar na mesa e na fita que correu para acabar a sopa.
 
Fiquei feliz pelo tempo que guardei, em horas para lá das horas, para finalmente atender a um pedido da minha mãe, que pacientemente me dá tanto do seu tempo, todos os dias. Não pensei no tempo que demorei a dar-lhe a atenção que merecia, mas feliz por ter conseguido fazê-la também feliz.

O tempo que dei a mim própria, numa massagem de relaxamento, num momento de alienação do tempo que corre sem parar e que espera de mim cada vez mais, em menos tempo.

O tempo para escrever este texto...

Num ano que se diz de mudança, que se agoira de final dos tempos, tão precocemente previsto por sábios povos como os Maias, sinto-o como um forte apelo à mudança, de atitude, de valores e de expectativas em relação à vida.

E os arautos dessa mudança são a nova geração que cresce à nossa vista, na nossa casa, e nos pede aquilo que lhes/nos faz mais falta, tempo para viver a vida que generosamente recebemos em cada dia, em doses de 24 h, para consumir moderadamente e em lenta absorção!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Hoje




A música que me apetece ouvir hoje, por todos os bons momentos que fazem a nossa vida muito feliz, há 22 anos na companhia um do outro.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

castelos e princesas


As estrelas podem ser cor-de-rosa, se os seus raios de luz chegarem a todo o lado.

Os castelos podem estar onde nós quizermos, no alto do monte ou debaixo da nossa cabeça.

Ha tantas coisas que podem ser aqui ou ali, assim ou assado...se assim se quizer.

Porque eu quero, este Natal vai ser muito feliz, para mim e para todos que quizerem ser felizes.

2011 vai ser ainda mais feliz, porque eu também quero e posso querer!

Em todos os dias da minha vida, quero ser a princesa do meu castelo e quero celebrar a alegria da vida com a minha princesa e os meus príncipes!

Sejam felizes sempre!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

como novos...


Regressamos das férias há muito tempo e estamos diferentes!

Temos vindo a conhecermos-nos de novo, calmamente, a sentir e a perceber tudo o que esta mudança fez em cada um de nós.

É fantástico como uma viagem faz tanto pelas pessoas, sobretudo pelas pessoas, umas com as outras. Para mim, e agora para eles também, as viagens e as experiências que vivemos enriquecem-nos e fazem de nós aquilo que somos e queremos ser, são património nosso.

Atrevemo-nos a ir de carro, porque Paris é muito mais do que a Disney, mas Paris, mais Disney, mais 5 cadeiras no avião, somam euros a mais. Até por isso, crescemos mais, conscientes das necessidades de gestão permanente dos recursos, definindo objectivos e fazendo opções.

Todos usufruímos da viagem com muita curiosidade e vontade de conhecer o caminho que percorremos. Com pouca electrónica e muitos jogos e histórias, fizemos umas centenas de km e pernoitamos em Bilbau. Conhecemos o imponente museu Guggenheim e tiramos um par de horas para brincar e recuperar forças.

No dia seguinte já a língua era outra e o sonho estava cada vez mais próximo de acontecer.
Estivemos 3 intensos e divertidos dias nos Parques da Disney, onde testamos todos os nossos limites. Eu já tinha estado lá há muitos anos, mas só agora com o estatuto de mãe. Ignorei os meus medos, esqueci o comodismo e lá fomos nós, em subidas e descidas alucinantes, loopings não recomendáveis, com emoções irrepetíveis. Gostaria muito que a Leonor fosse menos parecida comigo e não sentisse os mesmos medos que dão voltas à barriga e fazem saltar as lágrimas dos olhos. Nestes momentos, o nosso abraço forte e as mãos bem juntas confortam, mas não aliviam. Ela teve medo, muito medo, mas não quis deixar de sentir nenhuma destas emoções.

O João cresceu, cresceu muito e mostrou-nos que é mesmo ele o filho mais velho. Ajudou-nos na logística dos mantimentos e no apoio aos irmãos.



Geriram muito bem o impulso consumista que nos atingiu a todos, espicaçado por todas aquelas lojas repletas de histórias, de brilhos e animação e andaram 3 dias a escolher o brinquedo que seria a sua principal recordação destes dias.

A Leonor deslumbrou com a Princesa Tiana, curiosamente (ou se calhar por isso) a única que não é verdadeiramente uma princesa e ficou sem fôlego quando ela passou mesmo à sua frente e lhe disse "Bonjour!"

Ficamos sempre até à noite para ver o fogo de artifício e trazer a magia da animação para os nossos sonhos. E valeu sempre a pena. Apesar de esgotados, aguentamos até ao brilho do útimo fogo e num desses dias ouvi do Gonçalo a declaração de amor mais linda da minha vida:



- Vês mãe, isto (o fogo de artifício) foi tudo para ti, só para ti!

Retribui com colo, abraços e beijos!

Depois chegou a vez da cidade da Luz, a única que me enche realmente as medidas e deslumbra em cada esquina, a cada passo.


É a quarta vez que estou em Paris mas a primeira com o Rui, que também já a conhecia de outros tempos. Foi uma viagem diferente também para nós que juntamos ainda mais a nossa história com mais de 21 longos e bons anos. Subi pela primeira vez à Torre Eiffel e percorri o Sena ao cair da noite e foi muito bonito. Sei que para ele também foi diferente, porque sentiu nos pés a imensidão da cidade e viveu intensamente cada uma das histórias que partilhamos de todos aqueles lugares únicos.
Para os meninos foi magnífico! Eles revelaram uma resistência irrepreensível e uma vontade imensa de reter tudo aquilo que os olhos lhe mostravam. Queriam saber porquê, quando e quem, exactamente onde... Ficou prometido um regresso, com 3 dias guardados para o Louvre e mais 1 para D'Orsay, com um fim de tarde no Pompidou e uma subida a La Défense, onde se avista a cidade, numa perspectiva muito nova.




 Depois, chegou a vez deles de nos contarem a história de Quasimodo e das gárgulas, que ganhavam vida ao cair da noite e da bela princesa que se apaixonou por um monstro.


O João atingiu a primeira maioridade em Paris, um privilégio para quem faz anos nas férias! Nesse dia era ele o Rei e levou-nos a La Villette, curioso com as projecções tridimensionais em La Geóde que lhe falei. Acabamos um dia com gelados e crepes a fazer a vez do bolo de aniversário. Não cabia em si de contente e nós com ele!
Com chuva a cair na pele, percorremos os Champs Elysées, em busca do obelisco da Place de La concorde, onde o Gonçalo deu um monumental tombo no chão, felizmente sem estragos.
E tinha mesmo que ser, porque durante toda a viagem, ele caminhou o dobro dos kilómetros que cada um de nós percorreu porque saltou de meco em meco, subiu e desceu escadas, alheio aos passeios e às ruas, sem dar a mão nem pedir colo, e nunca deu sinal de cansaço.  Ao fim de alguns dias, o mapa do metro não tinha segredos para a Leonor que, dominada pelo seu espírito matemático, decifrava sozinha o trajecto que teríamos que seguir para chegar a qualquer ponto da cidade.



Depois de recuperarmos o fôlego desta viagem e quando o PEC nos der uma folga, gostaríamos de nos aventurar por outras paragens, conhecer outras gentes, outras culturas, da mesma forma, a passo, sentindo o cheiro e os sabores de cada lugar, sobretudo agora que temos excelentes companheiros de viagem.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

primeiro amor

Há tanto tempo!!!

Foram tantos os dias que passaram e sinto que nunca mais conseguirei retomar o ritmo desde espaço.

Mas não me sinto capaz de fechar a cortina e dizer até já ou até qualquer dia.

A quantidade de rascunhos e imagens por editar mantém-se e parece nunca acabar.

As histórias repetem-se, renovam-se e partilham-se com quem se vê, mas não chegam às teclas.

Muitas velas se sopraram, muitas festas, muitos aniversários, os nossos e os dos outros.

Já foi Natal e daqui a nada é Carnaval.

Contamos os dias para as férias e fazemos listas de coisas a fazer, livros para ler, lugares para ver e amigos, muitos, para receber.


Enquanto isso, celebramos hoje o nosso primeiro amor!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

manso


Precisávamos de deitar devagar e acordar de mansinho.

Não faltam pretextos para o fazer nem datas para comemorar.

As crianças ficam bem e gostam um bocadinho da nossa ausência.

Depois de um cheirinho a mar, sabe muito bem voltar a sentir saudades deles.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

namoro

A 28 o primeiro abraço.
A 29 o primeiro beijo.
Ela com 14, ele com 15.
20 anos depois, os mesmos dois são hoje cinco.
E o beijo, tem o mesmo gosto!

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Quem me quer bem!



Quem me quer bem ofereceu-me estas flores, sem data marcada nem comemoração a lembrar.
Quem me quer bem surpreende-me assim e sabe que me faz feliz.
Quem me quer bem respeita o meu tempo, dá-me espaço e chega-se a mim quando também lhe quero bem.
Quem me quer bem ouve mais do que fala e acalma a fúria do meu viver.
Quem me quer bem cresceu comigo, fez-me crescer e, lado a lado, geramos novas vidas.
Quem me quer bem quer-me muito, tanto quanto eu lhe quero!

quinta-feira, 24 de maio de 2007

De ferias

Estou a escrever num teclado azert a tentar acabar um post dentro do limite de tempo que o cartão comporta. Não esta a correr muito bem, porque o teclado esta em ÁRABE. Chegamos hoje do deserto, completamente estafados, mas o R. lembrou-se de virmos à net e eu achei muito bem. Aprendemos a dizer ola e adeus, desculpa e obrigado, tudo em árabe, que eu me recuso aqui a escrever fonologicamente, porque não quero que ninguém se ria de mim... Estamos a adorar estas ferias so nossas, de poucos e tão exóticas, como um pais árabe podia proporcionar. Andamos de dromedario, que dava dois de mim e de jipe, que deu cabo da minha coluna, tantas foram as dunas que aquele infeliz percorreu...
Admito que morro de saudades dos meus muitos, mas esta pausa esta a ser mesmo vital para a nossa saúde física e mental.
(Estamos a 10 m a tentar corrigir os erros e nao esta a correr bem....)
Bis lama (ou la como se diz)

domingo, 20 de maio de 2007

Enfim, férias!

Vou de férias, ou melhor, vamos de férias, nós, os poucos, os que estamos em minoria em casa!
Passados 10 anos desde que casamos, eu e o R. vamos viajar para aqui, renovar forças e recuperar energias e voltar cheios de saudades dos muitos que ficam. É claro que vai custar sair, é claro que vão fazer falta os gritos, os sustos, a confusão à mesa, as refeições à vez, os saltos para a água e as brincadeiras na praia. Acho que nem vamos saber estar deitados na areia, de tal forma estamos desabituados disso. Mas a verdade é que vai saber muito bem, vai fazer ainda melhor e nós e eles merecemos esta oportunidade.
Tranquiliza-nos deixá-los com os meus pais, que são mais do que avós para eles e mantêm o seu dia-a-dia praticamente inalterado. Praticamente, dizia, porque ai deles que não sintam saudades....
Tenho andado a prepará-los aos poucos para a saída e quando, há dias, se aperceberam que o "vamos de férias" não os incluía, e numa fase pré-choro, pré-reclamação, pré-reivindicação (que nós é que somos uns desgraçados, que temos que ir para a escola enquanto vocês estão de férias, etc e etc...), um deles se lembra que férias dos outros é igual a presente para eles, então pergunta: "e vão-nos trazer um presente?". "Claro", respondo. "Então podem ser dois jogos para o Game boy, porque da outra vez quando vocês foram sozinhos no fim de semana compraram 1 jogo, e foram só 2 dias, Agora, que é uma semana, têm que nos comprar pelo menos 2". Uns vendidos estes meus filhos!
Devem-se interrogar como é que esta mãe de muitos consegue ir de férias ou de fim de semana com esta facilidade?! Pois ninguém tem uma mãe como a minha, que me diz de modo preocupado "Vocês ainda não foram ao cinema esta semana! Marquem lá o dia!".
Esqueçam, não a empresto a ninguém!