quarta-feira, 18 de julho de 2007

O desmame

Não estou a falar da amamentação, mas da ida para o infantário, que é bem pior do que deixar de amamentar.
Com o mais velho, pelo menos, foi um drama...para mim, claro está!
Foi relativamente fácil a escolha da escola.
Um dia fui visitá-la com o J. e ele gostou tanto que chorou para vir embora. É mesmo esta! - pensei e com 2 anos lá deixamos o menino numa primeira semana de adaptação.
Foi para a sala da Carolina, que é um amor e ainda hoje cuida dos meninos daquela escola, dos meus e dos outros, e foi a minha sorte.
Como em Setembro já estava hipergrávida da L., e certamente com a minha sensibilidade ao rubro, deixava-o na escola por duas horas e ia chorar para a esplanada da praia.
Ele também chorou, também não queria ficar e também fazia birra para comer. E é assim que tem que ser, pois não se admite que eles gostem mais de estar na escola do que com os pais!!!
Os dias foram passando ( as minhas estatísticas dizem que são 15 dias) e reencontramos rapidamente um menino feliz.
Com os irmãos foi mais fácil, pois quando entraram ainda lá tinham um irmão noutra sala (a vermelha, a dos crescidos!!!), mas para mim continuou a ser difícil, embora com menos lágrimas, com menos telefonemas...por dia e com mais desprendimento na hora de os deixar.
Estarei a ficar mais fria, mais insensível?! Não sei! Talvez mais confiante! Porque isto das escolas é como os Pediatras, depois de bem escolhido, é só confiar!
E assim ficaram eles hoje e por mais dois dias neste ano lectivo, entregues, bem entregues, acredito, e eu menos ansiosa, muito menos...

4 comentários:

G_ticopei disse...

A Maria sofreu imenso com a adaptação ao infantário. Foi mais de um mês com choro soluçante de cada vez que ia levá-la. O pai chegou a dizer-me que ela não ia mais nenhum dia e pronto, a menina não sofria mais. Mas como não podia ser, tive que ser eu a levá-la todos os dias e aguentar esta desgraça toda sozinha, pois se fosse o pai a levá-la, à primeira lágrima pegava nela e trazia-a de volta. Já o João como foi mais cedo apenas com 8 meses (a Maria tinha 2 anos e meio...) não custou tanto a adaptação. Passado uma semana estava perfeitamente integrado. Relativamente à forma como encaramos as coisas, às vezes penso como tu... Porque com o primeiro filho tudo nos assusta e mete confusão e com o segundo não. Cheguei a uma conclusão... As nossas preocupações e as nossas angustias diidem-se por dois seres completamente dependente de nós, por isso penso que não as vivemos tão intensamente. Talvez esteja errada... Não sei...

MJ disse...

Isabel, no meu caso o desmame (da mama) está a ser mais dificil :) Alguma sugestão?
Quanto ao infantário, infelizmente não tinha com quem deixar o João então tivemos que optar pelo infantário desde os 6 meses. Posso dizer-te que correu tudo muito bem, tanto para ele como para mim. Agora depois das férias, e mais velho não sei se o regresso será muito fácil. A ver vamos. Uma coisa é certa: mãe sofre! :)
*MJ

APO (Bem-Trapilho) disse...

Pois é Isabel, pode ser complicada a separação aquando da ida para o infantário. Com a M. tb n foi fácil, e logo no primeiro dia veio com um hematoma numa das omoplatas para casa, o k me deixou aterrorizada (c medo k afinal o sitio n fosse de confiança) e por mais k ela me dissesse k tinha sido outro menina, versão que batia certo com a das educadoras, deixou-me de pé atrás e ainda mais atenta a tudo e todos. Foram algumas semanas de mta ansiedade.
E agora em resposta à MJ, sobre desmame, com a minha filha tb foi terrível, pois ela estava viciada na mama. Ela dormia com a mama, era a sua principal fonte de alimento (isto até aos 2 anos!) o que estava a ser insuficiente e queria mamar a toda a hora, pois ainda estava em casa comigo o dia todo. Depois, por ordem do pediatra, tirei-lhe a mama. Tem k ser definitivo. No dia em que decidires tirar-lha é mesmo a última vez. Não podes ceder. A primeira noite só adormeceu Às 4:30h da manha, na segunda foi mais ou menos a mesma coisa. A partir daí foi melhorando e em menos de uma semana já nem parecia lembrar-se que a mamã tinha maminhas. É claro que é incómodo para a mãe pois o leite vai-se acumular no peito e vai doer um pouco, mas o nosso organismo rapidamente vai absorver esse leite e vai progressivamente normalizando. Parece impossível conseguirmos mas é menos dramático do k imaginamos. Com as crianças o segredo é ser firme. A partir do momento em k decidires dizer n, é não mesmo e nunca mais! E vais ver k o bebé se adapta bem mais rapidamente do k imaginamos.

isabel disse...

Os meus filhos mamaram até aos 6, 7 e 9 meses, respectivamente desde o mais velho ao mais novo. A experiência foi ajudando e a ansiedade foi diminuindo. Mas o que sempre achei fundamental para essa natural desabituação foi tirá-los do nosso quarto o mais cedo possível. Os mais velhos foram para o quarto deles aos 4 meses e o G. foi logo com 1 mês de idade, porque a lotação da nossa cama amanhecia sempre lotada: 5 era demais. Embora com o intecomunicador sempre ligado, eles não sentiam o cheiro da mãe, que nesta idade é tb sinónimo de alimento e pôr o pai a mexer durante a noite ajuda bastante, mesmo que tenham que ser ACORDADOS!
É só um conselho!