segunda-feira, 9 de julho de 2007

em pontas

Hoje a minha mãe encontrou, nas suas arrumações pós casamento da D., os meus sapatos de pontas que usei nas aulas de ballet. Eu já tinha guardado as outras roupas e os sapatos de dança, mas lamentava não saber do paradeiro das pontas. Ainda bem que não se perderam, os sapatos e as "toucas" que a minha mãe fez em crochet para poupar o tecido do desgaste das aulas.

A passagem pelo ballet é um problema mal resolvido na minha cabeça, porque foi uma actividade que eu adorava fazer e que, por implicância da professora e algum orgulho meu, no alto dos meus 12 anos, ditou o meu afastamento desta arte admirável. Tenho pena, tristeza mesmo e não posso ouvir um fiosinho de música sem começar a ondular o corpo...pena que não tenha parceiro para estes gostos.
"Quando o J. crescer ele dança contigo", diz o R.

Admito que o entusiasmo que transmiti à L. para aprender ballet e agora para continuar (e o início deste ano não foi nada fácil) seja o reflexo dessa frustração...

A minha mãe também nos incentivou sempre a aprender música dizendo para aproveitarmos uma oportunidade que nunca lhe foi dada.
"Se fosse mais nova, ainda ia aprender piano", dizia insistentemente.
Ainda era nova, nunca aprendeu piano, mas tem um filho pianista.
Acho que a alegria que a minha mãe sente a ouvir o meu irmão a tocar, ou a dirigir uma orquestra eu senti ao ver o espectáculo de ballet da L., sobretudo este que tinha tantos bailados em pontas.

Não resisti à tentação de pedir à L. para experimentar as minhas pontas, já que elas já não me cabiam nos pés.
Ela tentou, mas sobrou sapato para pouco pé. Fez-me a vontade, vestiu a roupa que usou no espectáculo e vi um lindo pássaro azul!

4 comentários:

Anónimo disse...

linda.

Celia disse...

A condizer com os seus olhos.
Como est� crescida a mo�a!!

APO (Bem-Trapilho) disse...

Parabéns ao lindo cisne azul e ao mano maestro!

G_ticopei disse...

Que lindo é o teu pássaro azul. Eu também fiz ballet quando era pequenina e a Maria também quer ir para o próximo ano. A professora quis certificar-se que era ela e não eu que tinha esta vontade e, convidou-a para uma aula. Correu tão bem que no fim da aula ela disse-me: Quem já não a deixa ir embora sou eu! Decididamente ela quer fazer ballet!
Bjinhos e para bens também pelo teu irmão.