domingo, 20 de maio de 2007

Enfim, férias!

Vou de férias, ou melhor, vamos de férias, nós, os poucos, os que estamos em minoria em casa!
Passados 10 anos desde que casamos, eu e o R. vamos viajar para aqui, renovar forças e recuperar energias e voltar cheios de saudades dos muitos que ficam. É claro que vai custar sair, é claro que vão fazer falta os gritos, os sustos, a confusão à mesa, as refeições à vez, os saltos para a água e as brincadeiras na praia. Acho que nem vamos saber estar deitados na areia, de tal forma estamos desabituados disso. Mas a verdade é que vai saber muito bem, vai fazer ainda melhor e nós e eles merecemos esta oportunidade.
Tranquiliza-nos deixá-los com os meus pais, que são mais do que avós para eles e mantêm o seu dia-a-dia praticamente inalterado. Praticamente, dizia, porque ai deles que não sintam saudades....
Tenho andado a prepará-los aos poucos para a saída e quando, há dias, se aperceberam que o "vamos de férias" não os incluía, e numa fase pré-choro, pré-reclamação, pré-reivindicação (que nós é que somos uns desgraçados, que temos que ir para a escola enquanto vocês estão de férias, etc e etc...), um deles se lembra que férias dos outros é igual a presente para eles, então pergunta: "e vão-nos trazer um presente?". "Claro", respondo. "Então podem ser dois jogos para o Game boy, porque da outra vez quando vocês foram sozinhos no fim de semana compraram 1 jogo, e foram só 2 dias, Agora, que é uma semana, têm que nos comprar pelo menos 2". Uns vendidos estes meus filhos!
Devem-se interrogar como é que esta mãe de muitos consegue ir de férias ou de fim de semana com esta facilidade?! Pois ninguém tem uma mãe como a minha, que me diz de modo preocupado "Vocês ainda não foram ao cinema esta semana! Marquem lá o dia!".
Esqueçam, não a empresto a ninguém!

1 comentário:

G_ticopei disse...

Olha, isto é que eu acho um grande acto de coragem. Já eu ainda não me sinto mesmo nada preparada para fazer férias sem eles. Nem eu nem o pai. Esse então, acho que a primeira coisa que faria se fosse a algum lado, era apanhar o caminho de volta imediatamente assim que lá chegasse e, sentisse o silêncio e a falta de reboliço.