terça-feira, 29 de maio de 2007

O regresso

Chegamos, finalmente! Ou devo antes dizer, oh, já chegamos!
Não sei bem qual a sensação que tenho tantas eram as saudades e tanto era o cansaço que não foi integralmente aliviado...
Claro que estou a escrever no dia seguinte ao do regresso, porque ontem, desde que cheguei, apenas parei para respirar, e só de vez em quando...
Não me sairá nunca da memória o brilho dos olhos dos meninos quando nos viram, o calor do abraço que nos deram, a doçura dos seus beijos e o interesse, claro está, com que olharam para o saco dos presentes...
Estávamos felizes por nos encontrarmos todos no nosso espaço, em família alargada, se assim ainda se pode dizer, tantas são as vezes que nos "apranchamos" aos cuidados da minha mãe.
Eles não nos perdoaram um comentário de alegria pelos dias que tivemos, fazendo-nos recordar a toda a hora que foram dias a mais, que os pais não deixam os filhos assim tanto tempo e questionando eternamente a razão porque eles não puderam ir. E depois vêm as tentativas de destruir a nossa consciência, dizendo que eles só não foram porque são umas pestes, e que se portam muito mal, e que não dão sossego aos pais ....... e nós cheios de vontade de os abraçar para compensar o tempo passado, mas a pensar como eles até estavam a falar verdade.
Ficou de resto a promessa que lá iremos voltar, todos, muitos, e desfrutar de todo o conforto que os pais foram descobrir para os meninos. Com esta eles calaram-se! Corrijo, calaram-se com o assunto, porque até às 23h aquelas bocas não se fecharam!!!
Já estávamos à espera desta reacção, fizeram todas as birras a que tinham direito, apertaram-se e ferraram-se o mais que puderam, sabendo nós que só queriam chamar a atenção e mostrar que não acharam piada nenhuma a esta nossa lua de mel despropositada. E têm todo o direito! É assim que os educamos, não podíamos esperar outra coisa e eu adoro-os por isso! Resta-nos zangar, ralhar e perdoar, pois é para isso que servem os pais!
P.S.: Só faltou dizer que a L. nos brindou com um sinistro logo pela manhã, estávamos nós a acabar de aterrar em Lx, quando soubemos que abriu a cabeça na tentativa de resgatar um "tazo" que lhe tinha sido "gamado" pelo colega da escola. Ela, que é mulher de "pelo na venta", atacou-o directamente, enfaixando-se na esquina de uma coluna que, lamentavelmente numa escola do 1º ciclo, não estava devidamente protegida....
Resta a eficácia da avó, a competência do pediatra e a farta juba da L. que lhe vai cobrir mais esta marca da sua...agitação!

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