domingo, 31 de agosto de 2008

amigos reais

Chegar como amigos virtuais




brincar







saltar





cantar






e sair com amigos reais.





Gostamos muito de vos conhecer.


segunda-feira, 25 de agosto de 2008

oração da noite




- Avé Maria,


- Avé Maria


- cheia de graça


- cheia de graça


(...)


-
agora


- agora



- e na hora da nossa morte...


- Vamos morrer agora? Nós só morremos quando Jesus nos chamar, não é? E quando é que ele nos chama?


- Ainda falta muito tempo, não é para já. Só quando formos muito velhinhos.


- Fixe!


Preocupações do G., que antes de adormecer ainda diz:



Obrigado Jesus por este dia.


Prometo que amanhã me vou portar melhor.


Vou obedecer à mãe, ao pai, à avó, ao avô e à Dina.


Prometo que não vou bater aos manos.


Já acabei.


Até amanhã Jesus!



sexta-feira, 22 de agosto de 2008

10 anos



- O Rei sou eu!

A única verdade que sabemos em dia de aniversário, sobretudo quando já só se fazem anos com dois dígitos.


Estou feliz com ele, até porque eu sei que sou a sua "Rainha".


quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Bolinhos de Canela


Às meias dúzias, às dúzias, há sempre bolinhos de canela no armário das bolachas da avó.

São luxos de neto mais novo, mimos do tempo em que a educadora era a avó.

O G. come destes bolinhos como quem come pão, por isso o avô repunha o stock todas as 4ªs feiras, quando os trazia fresquinhos da padaria.



Agora já sabemos como se faz:



200 gr açúcar

150 gr manteiga

1 pitada de sal

1 colher de sopa de canela

2 ovos

400 gr de farinha





Eu ligo o forno a 180º e a L. junta o açúcar com a manteiga.

Eu ligo a batedeira e o G. faz uma mistura cremosa.

Depois a L. junta o sal, a canela e um ovo e o G. vai batendo.

Agora o G. junta o outro ovo e é a vez de a L. bater.

A farinha deito eu e o G. vai envolvendo a poeirada.

Enquanto eu forro o tabuleiro com papel vegetal, eles deitam a mão à massa e fazem bolinhas de muitos tamanhos que, passados 20 minutos a coser, têm todas o mesmo sabor.



E é muuuuuito bom!


terça-feira, 19 de agosto de 2008

às voltas com a volta


Há dias acordei com vontade de voltar a pegar nos bilros.
Esqueci parte das voltas, meias voltas e torcidos. A pregar também não estou segura.
Então voltei aos livros, e dei a volta ao enguiço...




Ela viu-me e teve vontade de voltar aos dela.

Depressa retomou o jeito e consolou-se a dar voltas.

Afinal, dar a volta, é como andar de bicicleta!!!

domingo, 17 de agosto de 2008

Gorro em Agosto


Com a crescente falta de tempo, tenho que pensar mais com as palavras e menos com as mãos!


Que pena...


Mas se houver alguém a quem sobre um par de horas ao fim do dia, porque não experimenta este gorro para o frio de Agosto?! Ainda pode dar jeito!!!

Agora em português já não há desculpas para não deitar mãos às agulhas.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

que é a minha cara!



Esta bolsa veio da Turquia e quem a comprou diz que foi primeira escolha.




- É mesmo a tua cara, é ou não é!?





O facto de ter sido a minha mãe a "fisgá-la" com o olhar, não foi um feliz acaso do destino, mas um instinto certeiro que partilhamos para os fios e os trapos.

Feita em patchwork e com bordados, não podiam escolher melhor.



Os presentes que os meus pais nos trazem das suas viagens contam muito daquilo que conhecem de cada um de nós.

Seja na Rússia, na Índia ou em Cabo Verde, em todo o lado encontram um objecto que melhor se identifica com os nossos gostos, o nosso trabalho ou até a animação do momento.



As malas já trouxeram partituras da Alemanha, sedas e pérolas da China, matrioscas do Harry Potter da Rússia, carros de madeira e amendoins da Guiné, aliás, muitos amendoins.



Na verdade o meu pai foi incapaz de comprar amendoins apenas a um dos meninos que lhos apresentou, mas também aos mais de 10 amigos que o acompanhavam. Durante uns tempos, lá em casa, nós só não viramos macacos porque comíamos sopa ao almoço.


Este episódio também deu para conhecer um bocadinho do meu pai, e prever que jamais iria deixar qualquer dos meninos levar os amendoins para casa, ou não fosse ele filho de merceeiro...



Se fazemos algum pedido especial antes na viagem, então "pior está o doente", porque galgam milhas para encontrar aquilo que lhes falamos vagamente. Com isto já puseram a minha irmã a estudar pilates em espanhol, a mim tricot em italiano e ao meu irmão... bem a ele não faz diferença porque a música é igual em todo o lado.



De todos os presentes guardo um bocadinho das suas recordações, do que nos contam, das imagens que mostram, que alimenta o bichinho daquilo que ainda quero conhecer.

Neles também me vejo ao espelho!


segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Quem parte e reparte...


...e não fica com a melhor parte, ou é burro ou não tem arte.


Com um agregado familiar de número ímpar, a parte de repartir é complicada.


Quando se descascam os ovos, há 3 crianças, 6 mãos e 5 ovos: como é que se reparte?


Recorre-se à maternocracia, em que cada menino descasca um ovo e a mãe descasca dois...que é por causa das coisas...(solução mais pacífica)


Mas as crianças, quando são crescidas, chegam à conclusão que preferem descascar um ovo e meio do que descascar só um: 3 crianças, 3 ovos inteiros, mais 3 meios.


Enquanto dividem os meios, imaginam uma linha divisória, e fiscalizam se um não descasca o meio do outro.


E o outro meio, para quem fica?


Para o mais pequeno dos três, que é birrento até à décima geração e que se apossou do direito de limpar o outro meio.


Resolução do problema:


5 ovos= 1 ovo e meio + 1 ovo e meio + 1 ovo e meio + meio para quem grita mais alto

E no fim do jantar, sobra um ovo na travessa.

domingo, 10 de agosto de 2008

produção em série

Quando juntamos o nosso grupo de amigos, as crianças estão sempre em maioria relativamente aos adultos.

Para além dos meus muitos (3) e dos muitos do meu irmão (3), vêm cá mais 3 grupos de muitos (3+3+3), sendo que em dois há pares de gémeos.

Mas porque estes gémeos são propriamente gémeas, na hora dos presentes as contas são de multiplicar por três.

Esta semana consegui acabar um presente para umas,

e uma encomenda para outras.


Ufa!

A L. vestiu uma para a fotografia, mas, para meu alívio, disse que aquele não é do género dela.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

G.

Passa os dias a colher flores do jardim, e corta-as com o pé pequenino, do tamanho da sua mão. Chama por mim para me oferecer a flor e em troca eu dou-lhe um beijo e ponho-a atrás da orelha.
Hoje trouxe-me uma hortênsia cor de rosa. Eu dei-lhe um beijinho e agradeci.
- Não a pões no cabelo, mãe?!
- É muito grande, não vês?! Ela cai se eu não a segurar.
- Então segura-a um bocadinho para eu te tirar uma fotografia.



- (flash) ... Já está, ficaste bonita!





O G. também gosta de costurar à máquina, e fica mais atento ao movimento da linha do que ao andamento da costura.
Com 4 anos de rebeldia e personalidade vincada, sabe bem o que quer e não se deixa convencer facilmente.
Mas ao mesmo tempo, cresce em sensibilidade e em meiguice, que nos surpreende constantemente.
Há dias, para lá de lá da hora de jantar, o pai, animado (?) por ser o cozinheiro, perguntou ao G.:
- Estás ansioso por comer o hambúrguer que vou fazer para ti?
- Não, estou ansioso por ver os avós...
Se não fosse tão fora de mão, levava-o num instante à Turquia, para ele lhes dar um abraço.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Prometido/Cumprido




e já agora, atrasado.


Muitos projectos passaram pela cabeça, alguns testes pelas mãos e muitos trabalhos pelo meio a interromper o caminho...



Para a Célia,





para a Mónica,





e para a Paula,




...o prometido presente, feito a pensar em cada uma delas, a quem conheço pessoalmente, e no uso que lhe possam dar.


Estas bolsas são mais longas que os normais porta lápis, mas de certeza que a Célia vai lá por alguns com cores quando sair com os seus três desejos.


A Mónica, para além dos lápis para a companhia, vai encaixar lá umas folhas de papel, talvez uns jogos e ainda os óculos de sol, ou uns trapos para alinhavar pelo caminho. As cores são alegres, para alegrar os dias.


À Paula já lhe estou a ver com umas agulhas de tricotar meias para o Inverno, com lã verde, que é a sua cor preferida...


Espero que gostem, já vão a caminho!

domingo, 3 de agosto de 2008

costureirinha



Desde a viagem de regresso que não fala noutra coisa que não seja a máquina de costura.

A que era minha e que agora é dela (e dos irmãos, quando eles estão a ouvir), e que entretanto estagiou uns tempos na avó.

Já decidiu que as roupas das bonecas passarão a ser todas costuradas por ela, para além das bolsas e bolsinhas, para todo o tipo de coisas e coisinhas que abundam pela casa.

Conseguiu acabar a tempo das férias uma bolsa de tiracolo que foi mais usada por nós do que por ela. E enquanto lá estivemos fez uma pulseira em crochet para me oferecer como presente de aniversário (pediu ajuda, tirou medidas e esteve sempre convencida que eu não me apercebi de nada).

Tem jeito a miúda, e o pior é que ela também sabe disso, pois não me dá tempo para grandes explicações.

Riscamos a direcção da costura, enfiamos a linha na máquina e depois é só com ela, para dar ao pedal, a um ritmo impróprio para cardíacos...

A minha introdução à máquina de costura contou com um dueto a agulhas e dedos, o que me causa ainda arrepios quando assisto à minha pequena "acelera" a costurar.

Mas com ela não vale a pena insistir, muito menos proibir, porque enquanto não se convence a si própria, nunca mais fica convencida.

Foi assim que aprendeu a coser a direito, em zig-zag, a dar a volta e a enfiar a linha na máquina. Divertiu-se a escolher linhas da caixa e a observar o efeito da mistura das cores da canela com o tubo.

Diz que somos gémeas, que para além de sermos parecidas nas feições, temos os mesmos gostos, as mesmas predilecções.

Mas uma irmã entre irmãos vê-se aflita para ser menina, e a L. acabou por não resistir ao apelo do G. para ir dar uns xutos à bola.

Afinal ainda não somos assim tão "gémeas", porque não há bola que me arranque das linhas e dos trapos. Mas a L. chega lá!