-Eh mãe, tu fizeste uma curva!!!- admira-se o G.
- Não foi a mãe que fez a curva, a curva já estava feita!!!- Diz a L., com a "mania".
- Não foi nada, foi a mãe.
- Não foi!
- Não...
- Chega!!! - diz a mãe.
...no banho.
- Esta semana vamos trabalhar o tempo todo. - informa o G.
- Ah sim, então porquê? - como se eu não soubesse.
- Porque estamos de castigo. Só a N., a A.e a B. é que vão brincar.Mete-se a L.:
- E tu o que é que fizeste?
- Não fiz nada.
- Não fizeste nenhuma asneira?!
- Eu não, fizemos todos!...menos a N., a A. e a B....A L. ainda sem perceber...
- Se tu não fizeste nenhuma asneira, a mãe tem que falar com a Ana (a educadora) porque isso não é justo.
- Não mãe, não fales!!! - já estava aflito.Eu não abria a boca, mas a L. dava-lhe forte:
- Mas TU fizeste alguma asneira?
- Eu não. Nós é que estragamos os livros da Ana, só os que estavam na prateleira de baixo, os de cima não (certamente porque nem chegavam lá...)
- Então!!! (parece que se convenceu a mandona)
- Mas não fui eu, fomos NÓS!
Uma questão de identidade fundamental no que toca à consciência do pequeno.
O peso do castigo é muito mais leve quando a responsabilidade é solidária.
Sabe muito e ainda não sabe Direito. Imagine-se se fosse Advogado...!
4 comentários:
Que capacidade para argumentar!
:) adoro estas conversas.
Fartei-me de rir a ler este post! x)
As crianças são o máximo...
fantástico! ;)
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