Estas almofadas foram feitas pela minha mãe para oferecer à minha madrinha como presente de aniversário.
Apesar de gostar muito de costurar, para nós e para os outros, a minha mãe sempre viveu demasiado depressa, sempre a correr de um lado para o outro, e o tempo que lhe sobrava para estas coisas era pouco ou quase nenhum. Tem o "pecado" de começar muitas coisas e acabar só algumas, que agora eu entendo melhor do que ninguém, porque sou bem pior do que ela. As nossas roupas de casamento tiraram-lhe algumas noites de sono na véspera da festa. Em todos os tempos mortos, a caminho ou em espera, sai da bolsa o saquinho da renda de rosetas, começada há mais de 20 anos e que lá para o Natal irá finalmente cobrir a minha cama.
Com o tempo, ganhou juízo e deixou-se destas correrias e aderiu ao prêt-à-porter, que também é bonito e dá folga ao tempo. É assim com as roupas e com os presentes...quase todos os presentes, porque com a minha madrinha é diferente.
Armada em psicanalista, ocorreu-me que a vontade de lhe oferecer alguma coisa feita pelas suas mãos, usando o conhecimento que adquiriu ao longo do tempo, tem sido a forma de agradecer à sua Mestra tudo aquilo que lhe ensinou.
A minha madrinha, costureira de profissão, foi a nossa mestra, minha, da minha irmã, das minhas primas e também da minha mãe, de quem é cunhada. A viver na mesma casa que a minha mãe e os meus avós, cativou a minha mãe para a costura, estimulando-lhe a criativa no aproveitamento de tecidos e desafiando-lhe a ousadia para fazer os talhos das blusas.
Ao serão, juntávamos-nos lá todas a costurar, a coscuvilhar e tudo o que nos apetecesse fazer entre primas e tias.
Recentemente atraída pelo patchwork, a minha mãe experimentou pela primeira vez os pré-cortados em triângulos (turn over), que escolheu da prateleira da loja e ficou fascinada pelo resultado.
Num serão, agora cá em casa, depois de os meninos fecharem as últimas pestanas, experimentamos cores e formas e o resultado é este:
Estão lindas e com uma perfeição que supera as artes da Mestra, de um rigor matemático, sem cantos por casar nem pontas por rematar.
4 comentários:
Estão lindas as almofadas!
Aproveito para fazer uma pergunta:
Estou a fazer um casaco em tricot para a minha sobrinha e na revista diz para eu cozer o fecho a minha duvida é será que posso cozer o fecho à máquina? À mão? Com linha especial????
Como vi que cozem tão bem pensei que me poderiam ajudar...Obrigada.
xx
Lindas!!!
QUE SAUDADES DESSE TEMPO!
ESTIVE COM AS ALMOFADAS NA MÃO, SÃO LINDAS E PERFEITA,SÓ PODIA SER.
FIQUEI COM VONTADE DE APRENDER PACTCHWORK.
BEIJOS
Estão na verdade uma perfeição e lindas!!!
Parabéns a quem as fez e especialmente a quem as vai receber.
Beijocas
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