segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

embalagem familiar




Esta é uma das preocupações quando vamos às compras: encontrar embalagem familiar dos ziliões de produtos que enchem o nosso carrinho de compras.

Mas isto do formato económico, não passa de mera publicidade ou ilusão de quantidade, porque a dose nunca chega, mesmo com 20% extra e grátis, dizem eles.

As espetadas são 4, os bifes são 4, até os iogurtes são 4 por embalagem. Quando são 5 deita por fora, está visto.

Para os fãs dos douradinhos, já há embalagem familiar, que embora não dê conta certa, depois de distribuir 6 para cada um (dos 3), ainda sobra peixe dentro do saco.

Talvez o defeito esteja mesmo nas bocas dos muitos, que não se ficam pelo menu infantil, nem com a ilusão do brinquedo. Os pratos ficam vazios e as travessas só voltam à cozinha com a salsa e as azeitonas. E o melhor é dar ao garfo, senão nem o nosso prato fica a salvo...

Ao Domingo, que sabe tão bem não fazer jantar, as crianças reclamam por um jantar de comida, comida mesmo, porque os crepes do lanche e as torradas com leite já não consolam e a canalha é de sustento!

E ainda que pareça estranho, o prato preferido deles é atum, com batatas cozidas, feijão frade e ovo...a seguir às batatas fritas, naturalmente, porque eles não são nenhuns extraterrestres!






quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Inverno


O Inverno bateu à porta
trouxe com ele chuva e frio.
As nuvens também vieram
e a água subiu no rio.
Os meninos já brincam em casa
já vestem roupas de lã
calçam galochas e luvas
quando saem de manhã.
A mãe arranja o casaco
o gorro e a camisola.
Num tempo tão frio
também é giro ir à escola.
Ouvi-o da boca do G., que o sabe de cor e salteado.

A ilustração é da autoria do J., com as folhas do jardim e as pedras do quintal.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

alfabeto




ABCDEFGHIJKL...são as letras do alfabeto que o G. já conhece e escreve, vezes sem conta, em todos os papéis e papelinhos que lhe aparecem pelo caminho.



Um destes dias, à noite, pegou na "professora de bolso" e foram os dois ler e escrever letras no quadro branco.



Não tardou muito até haver discussão...

- uva, diz lá, que letra é esta? uvA!
- Não sei, não aprendi essas letras.
- Tu não percebes?! UVA! U-V-A!
- Não precisas de gritar comigo, já disse que não sei essa!



Por falar mais alto, a L. achou que o irmão ía aprender melhor.

Esta fez-me lembrar uma história de um primo que, para se fazer entender com uns parentes franceses, lhes falava em português, aos berros, não fosse às vezes escapar-se alguma palavra na conversa.


Antes assim, do que outros que dizem que "la chaminé bote fumo" ou mandam andar "sempre en frent", num francês genuíno e de pronúncia refinada.
;)


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

abelhinha



Sempre que nasce um bebé, dá vontade de o mimar, de o cheirar, de lhe tocar e de o trazer para casa.

Sempre que nasce um bebé, os sons da casa serenam para atender ao choro que se quer fazer ouvir. E não há intercomunicador que substitua os olhos e os ouvidos de quem lhe vigia o sono, porque não chega ver, é preciso ouvir bem o sopro da respiração.

Sempre que nasce um bebé dá vontade de ter outro, só nosso, um dos nossos!

Sempre que nasce um bebé, há motivo para festejar e para oferecer um presente.


Mas há bebés ainda a caminho, como a Matilde, que vai ouvir o som da abelhinha, para chamar o sono. A Matilde é um bebé pequenino, que está na barriga da professora de ballet da L. Ela quis oferecer-lhe um presente feito por ela e quanto a mim, acho que se saiu muito bem!

Na nossa rua há um bebé novo, que, não tarda nada, vai-se fazer ouvir cá fora. Chama-se Leonor, e por estes dias também vai receber um presente nosso.




quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

zero euros

O G. perguntou:
- Se eu estivesse à venda numa prateleira tu compravas-me?
- Claro que sim!!!
- E quanto dinheiro davas mim?
- Todo!
O pai provoca:
- E tu, compravas a mãe?
- Sim! E pagava zero euros.


Como dizia o meu avô, o G. "deu-me um bigode". Não se pode dar um preço a alguém que se gosta tanto assim.