Bejinhos, abraços e bom Natal!
Bejinhos, abraços e bom Natal!
Ah, e ontem, dia 10, foi a avó quem guarneceu a bota.
Lambarice, pois claro, porque as avós não se querem para outra coisa!
- Eu acho que a L. já está fora da validade!!!
Para ela pediu este cachecol, tal e qual, vermelho e branco, com os quadradinhos em baixo, assim como este, quentinho.
A ver se faço e passo a ideia para as agulhas...
- Qual foi o planeta que gostaste mais de ouvir?G.- O último, o do Shrek2.(Júpiter, em repetição, no final do concerto, em resposta aos muitos aplausos)J.
- Porque choras agora?
- Porque não consigo pôr o choro para dentro!!!
O modelo foi retirado de um livro fabuloso da Norah Gaughan, "Knitting Nature", que apresenta modelos em tricot ou crochet inspirados nas cores e nas formas da natureza.
Este é um caracol!!!
O fio é este, escolhido por quem o vai usar, porque já não estamos em idade para nos melindrarmos com (sem) as surpresas.
A passo de tartaruga vai também esta saia, mas desta vez o cliente, que sou eu, não é exigente com prazos.
Estas são mãos que sabem,
mãos que fazem,
mãos que criam,
mãos que ensinam,
mãos que partilham,
mãos que dão.
E eu recebi, imenso, de uma amiga de longa data que acabei de conhecer...
Afinal Lisboa não é assim tão longe quando o que se traz é tanto.
Obrigada, Luísa, pela tua generosidade e amizade.
Eu volto aí ;)
- Vem ver um "A" aqui no chão. Vem ver, é mesmo um "A"!
- E olha aqui outro e mais outro...eia, tantos "A's"!!!
No último ano do ensino pré-escolar, os meninos tomam o cheirinho das letras e dos números, feitos meninos grandes, quase a entrar para a primária.
Lembro-me que também foi assim comigo, da mesa e da cadeira na "sala da pré", com um caderno de duas linhas para dar o jeito à letrinha redonda.
Mas também me lembro de não ter companhia na cadeira ao lado, de me aborrecer com a brincadeira dos meus colegas, e de ficar ansiosa por ir para a escola da minha mãe e assistir às aulas "da primária" durante toda a tarde. Já o fazia desde os 3 anos, e foi assim que aprendi a ler no quadro preto que "o pai leva o pópó", de lá do fundo da sala.
Agora é diferente, a preparação faz-se mais cedo, e antes dos 6 anos já há trabalhos para casa.
O G. tinha que encontrar palavras com a letra A, recortar, colar e circundar com uma cor diferente para levar no primeiro dia da semana.
Fê-lo com gosto e com a preocupação de não se esquecer e, enquanto falávamos, reparava que as palavras que dizíamos também tinham a letra "A", uma ou duas até.
Agora também não há primária, há ciclos e já conto com dois cá em casa.
Tenho que reconhecer que estas mudanças de ciclo nos andam a pôr a cabeça a circular, numa agitação e ansiedade que espero mesmo que seja cíclica.
A entrada do J. para o 2º ciclo não tem sido pêra doce, que nos tem obrigado a encontrar mais horas no dia, e mais métodos de estudo, e mais estratégias de estímulo e mais momentos de descontracção, porque não se cresce só a trabalhar.
Apesar de a escola ser de eleição, a qualidade de ensino faz jus à fama e o menino tem que dar à perna se quer acompanhar o ritmo de ensino. Muitos livros, outros tantos cadernos, e muitos deveres a cumprir todos os dias.
Este é também um desafio para nós, que estamos a aprender a ser pais de um menino no 2º ciclo e, sem dramatismos, não tem sido fácil.
Contamos com a ajuda inestimável dos avós, professores de profissão e vocação, que revivem os anos de ouro da sua vida, com um aluno especial que, apesar de mostrar resistência, sorve tudo o que ouve, procura aprender tudo o que pode e diz que agora é que percebeu bem as contas de dividir.
- Avó, tu és mesmo boa professora!
E eu garanto que sim, que agora as reaprendi, irremediavelmente viciada na máquina de calcular.
A mudança de ciclo também é sentida pela avó, completamete atarefada, consideravelmente mais feliz por reviver um ciclo tão importante da sua vida, em que preparou para o 2º ciclo os que vieram a ser os melhores alunos da escola. Não me fica mal dizê-lo e é mais do que justo!
Para treinar a leitura, o avô procura peças de teatro para ler com o J., a ver se lhe passa o vício...
O 3º ano da L. também nos dá que fazer e que aprender, e se eu já não me lembrava, nunca mais esqueço que durante o processo digestivo, forma-se o quimo, que vai depois para os intestinos e tal e tal e acaba no ânus, que agora não se chama rabo, e nós afinal andávamos todos enganados.
A matéria está de tal maneira estudada que às vezes ela escorrega para o exagero e há dias, ao jantar, quando partíamos o peixe para os pratos, a L. corrige de imediato o J. que pede o rabo do peixe.
- Não é rabo que se diz, é ânus!
Aproveitando esta onda de ciclos, vou ver se dou um novo ciclo a este blog e passo por cá mais vezes e com mais tempo, porque me dá muito gosto!
Legenda: cavalo de lego, vestido de fio de lã, com toucado de noiva e o pompom é capaz de ser o ramo da dita. Às vezes dá-lhes para estas habilidades e eu acho-lhes piada...
Às vezes, também se deita depois das 23h em dias de escola, como ontem.
Mas ontem, ontem o dia foi especial, foi dia de festa e de alegria, foi dia de cantar muitos anos de vida ao pai dos muitos e apagar 36 velas, que eu ajudei a soprar mais de 20 vezes...
Faça uma pausa. Saboreie cada minuto e cada segundo em vez de os contar.