segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

ainda a tempo...



Quase que não chegava a tempo de me despedir do ano velho, este que foi um ano muito novo para mim.


Aconteceu este espaço, meio ao acaso, meio em socorro por uma mudança urgente nos meus dias e que agora se preenchem com o carinho de quem aqui passa. Aqui fiz novos amigos, mesmo sem lhes conhecer o rosto e fiquei mais próxima dos que já conhecia.


Aconteceu o quiosque, que realizou um sonho antigo e vem consolando uma paixão de sempre.


Aconteceu ver os meus muitos crescerem, com preocupações de ontem, alegrias de amanhã e recordações de todos os dias.


Do Natal ficaram os sorrisos dos meninos, ao abrirem os presentes ao ritmo das adivinhas a que tinham que responder (e o G. a reclamar, porque não estava a perceber nada!!!).


Pela primeira vez, colocamos os presentes por baixo da árvore, depois de esclarecer que afinal o Pai Natal não vinha da Lapónia nem entrava pela chaminé da sala.


Não foi nenhuma onda desmancha prazeres, mas razões imperiosas de educação não consumista, depois de ouvir dizer...


- O que é que te incomoda se o presente custa muito dinheiro, não és tu que compras, é o Pai Natal...?!



E mais uma vez passamos (eu e o pai, naturalmente) o serão do Natal de rabo para o ar, a montar as construções que lhes oferecemos, a ler livros de instruções, a aparafusar peças e a evitar que algumas vão parar à lareira, com a mesma música de fundo...


- Já está!!!
- Está quase...




Porque as cartas de Natal foram abertas, encontramos uma surpresa bem à medida dos meninos: uma história em que cada um deles é o protagonista, com detalhes adequados aos amigos que o rodeiam, aos seus gostos e preferências.

- Como é que eles sabiam que e não gosto de bacalhau?





- Pois é, eu sou do Porto (FCP)!!!



- Ah, as minhas melhores amigas chamam-se assim?!!







No dia de Natal já se reúne a tribo toda, quando chegam os meus irmãos, e eu já posso ser um bocadinho filha...


Agora aqui a doceira tem que ir para ali fazer umas rabanadas... ;)
Bom ano novo!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

shiuuuuu

Estes são para oferecer...mais logo...




















Este chegou à minha caixa do correio, e deixou-me muito feliz. Obrigada Rita!


sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

É Natal...


Chegaram a casa com os trabalhos de Natal que fizeram na escola.
Lindos, para os olhos da mãe e não só.

O presépio foi obra do G., que identificou o José, a Maria e o Jesus.



- Lindo, filho, foste tu que os fizeste?

- Não, eu só pintei a estrela...


A mãe também teve trabalho...para casa...


Os chapéus de Pai Natal que vão alegrar a cabeça dos meus muitos na festa de Natal não vieram da China, mas da máquina de costura, às 2h30m de hoje.

Sabe bem melhor assim!

P.S.: Depois de escrever este texto é que reparei que o J. estava aplicado ao contrário. Desmancha, inverte, cose e remata. Só acabou depois das 3h...mas a criança foi bem identificada.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

yooo


Depois da 145662081º birra, e num teste à minha paciência, diz-me:
- Não fales de mal, fala a sorrir.

Passada a neura, experimentou o gorro novo, uma estreia da mãe nas agulhas circulares.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

popular

No Domingo passado festejamos o aniversário da L. com os seus amiguinhos.

A festa foi, como habitualmente lá em casa que se encheu de gente, como é comum nas festas da L.

Ela é a típica miúda popular, dá-se com todos, é grande amiga de todos os colegas e não é capaz de deixar ninguém de parte.

Corri o risco de a deixar fazer a lista de convidados e ela só parou nos 35: os da escola, os do ATL, os da música, as do ballet e os da catequese.


- Mas tu já vais levar um bolo para a escola, não podíamos dispensar estes convites.

- Os meus amigos da escola ainda não vieram brincar a nossa casa.

- E este menino da música, acabaste de o conhecer?

- Mas somos muito amigos..!!!

Lá me conformei, na expectativa de algumas ocupações com festas, circo e outros compromissos infantis (que maldade a minha) e imprimi os convites para entregar aos amigos (o que eu poupei em telefonemas...).

Os convites iam chegando às mãos dos meninos e sem registo de imprevistos, à excepção do ballet, em que eram mais as candidatas que os convites. Não que eu os tenho limitado, mas porque a L. não se lembrou dos nomes de todas as meninas (ufa!). Mas como é incapaz de deixar alguém pendurado, e em face de alguns impedimentos de algumas, tratou logo de reencaminhar o convite para quem não estava na lista


-Ah não podes ir? Que pena...Então dá-me o convite para entregar à B... e tu queres ir à minha festa?
Ai ai, ai, que ainda tenho muito que lhe ensinar...


Chegou finalmente o dia, e o movimento fez-se sentir... Eu e o pai mal conseguimos respirar, mas valeu a pena pela alegria que se via no rosto de todos, que entre umas pipocas e um gole de sumo, não pararam de saltar e brincar aos disfarces ou às vendas na mercearia.

Recebeu presentes bem ao seu gosto, com muitos livros e com dedicatória.

És muito engraçada!

Fazes rir todas as meninas do ballet, desde as mais pequeninas às maiores.

É bom ter-te como amiga.

...

Ao bolo de aniversário passou-lhe um vento norte, e só consegui fotografar o restinho que ficou na mesa, logo este que foi decorado com a ajuda da aniversariante.


Só falta dizer que 7 anos só se completam amanhã, mas a agenda de uma mãe de 2 meninos que nasceram no mês do Natal não é fácil. E no próximo Domingo, lá vamos nós (ou melhor, lá vêm eles) a outra festa, esta com direito a jantar e alguns doces para além da gelatina e da mousse de chocolate.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Esqueço-me

...da máquina fotográfica, mais vezes do que desejaria...


Sempre gostei de fotografar, apesar de nunca o ter feito bem. Não entendo nada de luzes, nem de sombras, nem de enquadramentos.

Interessa-me sempre registar o momento, em vários movimentos, como de uma cena de banda desenhada se tratasse.

Nas viagens é na minha mão que anda a máquina e parece que não estive lá, porque estou sempre do lado de cá da objectiva.

Às máquinas de filmar nunca prestei grande atenção, por não prever grandes oportunidades para ver o resultado das filmagens.

Para mim, as fotografias são diferentes, vejo, revejo, reproduzo e exponho. Nunca tão bem como a minha amiga, mas vou organizando uns álbuns para uns e para outros.


No entanto, desde que tenho a máquina digital, tiro cada vez mais fotografias e imprimo cada vez menos (não deve ser só comigo...)


Aos meninos nunca poupei no flash e o J. tem uma boa conta de albuns, mais do que um para o mesmo ano de vida.

Com a L. a quantidade diminuiu e com o G. nem se fala. O que vale é que ele é igual ao irmão e sempre se podem desviar algumas do J. para o album dele... ;)


O blog veio espevitar novamente o uso da máquina. Acho que este espaço tem mais piada com imagens.

Os meninos até já me dizem:


- Agora tira-me uma com cabeça...

No entanto, o título deste texto é esqueço-me...

É que eu esqueço-me tantas vezes de andar com a dita, sobretudo nas festas, de Natal, de fim de ano, nas audições ou nas aulas abertas.

Arrelio-me, lamento-me e já não me adianta nada porque a máquina ficou mesmo em casa e aqui o telemóvel da menina só faz e recebe chamadas.


Mas como não sou de me lamentar, e para aliviar a consciência, dou volta aos pais mais aplicados e troco mails para me enviarem as fotografias, que até são tiradas com máquinas XPTO...


Pelo menos nunca me esqueci das partituras nem do fato de ballet ... nem de nenhum deles pelo caminho ... já é bom! E poder vê-los com os dois olhos bem abertos e ter as mãos livres para bater muitas palmas é outro consolo!!!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Presentes


... para quem cuida do meus muitos, durante todo o ano, durante todo o dia ... durante o tempo que eu gostaria de passar com eles ...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Luzes de Natal


Na terra dos Pais Natais, como apelidou o meu sobrinho mais velho, em que quase todas as casas têm as janelas, varandas, chaminés e jardins iluminados, a nossa casa tem resistido à iluminação exterior. Não é por falta de desejo da pequenada, que bem apela e compara, mas admito que, por insistência minha, as luzes só se ligam cá por dentro.
Este ano, no entanto, fui excluída da votação e tive que aceitar a iluminação do damasqueiro da entrada.
Mas ontem, no regresso a casa, num dia mais iluminado que o habitual dos dias do J., ele repara:
- Estas pessoas não devem ser felizes...
- Porquê?- pergunto eu.
- Não têm luzes em casa. Não conseguem sentir a alegria do Natal!
Então ilumine-se não só a árvore, mas também os frutos, os jardins e a casa toda.
Que venha a luz que traz essa alegria que tem andado arredada por aqui.
E numa onda de luz, também o mais pequeno chegou feliz da escola por ter pintado um estrela cardente.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Uma mãe de encantar!

Na sexta feira passada quis fazer uma surpresa aos meus muitos e pensei levá-los ao cinema ao fim da tarde (pensar não pensei, porque se o tivesse feito tinha ido direitinha para casa).
Galguei do meu trabalho até à escola para os levar a tempo da sessão das 18.55h (eu estudei o cartaz com antecedência).
Antes de retomar a viagem para o centro da cidade ainda tive que resolver um qui pro quo entre os manos mais velhos que de vez em quando se lembram de brincar à luta livre americana (mas onde é que eu estava com a cabeça...) e lá dei corda aos pneus porque o tempo passava.
No caminho falei-lhes onde íamos, e que lá teriam que se portar bem porque a mãe estava sozinha e não se consegue virar para 3 lados ao mesmo tempo. Além disso, estávamos mesmo em cima da hora e tínhamos que andar ligeiros para dar tempo para comprar pipocas.
A L. a ajudar:
- G. não podes parar em todos os carrinhos (aqueles onde nós não pomos as moedas), ok?
Fui ao cinema do costume e cheguei à bilheteira às 18.53h, onde me deparei com uma sessão na versão original e duas crianças abaixo dos 6 anos.
Lamentavelmente, não estudei suficientemente o cartaz. Mas sabia que noutro cinema a sessão era às 19h e esta sim, em português.
Galgamos mais uma vez para o carro e daqui para o cinema (que fica a uns 5-10 minutos de carro).
Chegados lá (em segurança, garanto), compramos os bilhetes, as pipocas e desviamos o G. de 2 ou 3 carros. Finalmente às 19.10h sentamos-nos calmamente a ver o filme que tinha acabado de começar (benditos anúncios).
O filme era "Uma história de encantar", que conta a história de uma princesa que caiu no mundo real, vinda do país dos contos de fadas. Aqui, trocou o seu príncipe encantado pelo homem por quem se apaixonou, com quem ficou a viver feliz para sempre. Durante a história, cantou muito, dançou mais ainda e sorria, sorria imenso. A cena final é da princesa na sua nova casa com a nova família a brincar, a pular e a cantar.
Ainda não tinhamos saído da sala do cinema e sou brindada com a seguinte afirmação:
- Ó mãe, podias ser uma mãe assim, como a princesa!!!
Não são de modernices, os meninos. Gostam é de uma mãe que faz vestidos com os cortinados e limpa a casa com a ajuda da bicharada.
Isto de ir ao cinema e comprar pipocas é programa sem piada nenhuma.
Depois disto eu ainda lhes dei batatas fritas. Eu mereço...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

:(

Custa-me menos ouvir dizer que o meu filho foi mal educado, rebelde, irreverente, irrequieto do que triste.

Não consigo suportar essa tristeza.

Sei cuidar dele, aliviar-lhe as dores de barriga, tratar as marcas das quedas, preparar-lhe a comida que mais gosta e ajudá-lo a estudar.

Sei brincar, construir legos e montar playmobil, só não consigo aliviar-lhe a tristeza.

Não consigo sequer perceber o que tanto o entristece, se a incapacidade de lidar com as suas próprias frustrações, se a falta de confiança, se algo mais ao fundo onde não consigo chegar.

Quando me apercebo de alguma fragilidade, ninguém me segura e vou até onde posso ir e se calhar onde também não posso.

Faço tudo o que a uma mãe é permitido, mas não lhe consigo aliviar a tristeza.

Choro, por tudo e por quase nada.

Mas não aguento ouvir dizerem-me que o meu filho é um menino triste...porque eu também sei disso e o meu amor não chega para lhe aliviar essa tristeza...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Upgrade


Os meus estudos comprovam que os 2ºs e 3ºs filhos vêm com upgrade de desenrascanço.
Não serão bem os meus estudos, talvez mais a minha experiência, mas como é vasta, acho que permite considerar-se de análise cuidada e avaliada.

O J., com os privilégios dignos de um primogénito, entrou aos 2 anos para o infantário a comer nada mais do que sopa e ainda esta à "lei da bala". Sólidos só mesmo os rissóis com que a avó o mimava ( e nós que tínhamos lidos nos livros que fritos, nunca antes dos 3 anos...).
Foi caricata a primeira entrevista com a Directora que nos perguntava qual era o alimento que ele não gostava e nós...não sabíamos...
- Ele não come nada, como é que vou saber o que ele não gosta?!!
Já cresceu entretanto, come todos os sólidos, aliás, muitos sólidos. É o leão das batatas fritas, como gosta de se gabar.
A L. já chegou mais expedita (ou não fosse mulher) e poucas resistências fazia na alimentação, nos cuidados de higiene e na hora de dormir (salvo um período conturbado em que se recusava a pregar olho, mas isso já passou e eu nem gosto de me lembrar...).
Desde cedo que se veste sozinha (ainda hoje é a primeira), come pela sua mão e estuda sem ninguém mandar.
Dificilmente espera que a atendam quando pede ajuda e resolve directamente as suas pequenas dificuldades.
Muitas vezes é ela quem acalma a fera que se dá pelo nome de G. e brinca às mães com o irmão mais novo.
Confesso que frequentemente me surpreendo com o seu crescimento acelerado.
Mas o G., definitivamente, veio com um upgrade de última geração.
Tem tanto de mau feitio como de independência. Tem pressa para atingir o ritmo dos irmãos e recusa-se a ser tratado como o mais pequeno.
Ontem mesmo, depois de quase se ter lançado ao pescoço da irmã para a destronar do banco do piano onde pensava que queria tocar, veio-me ajudar a arrumar a louça da máquina e a por a mesa e o resultado foi aquele, com os talheres alinhados e os copos distribuídos.
Depois, fez questão de tomar banho sozinho e de chuveiro (comigo à espreita, naturalmente).
Esta manhã, não me deixou ficar no quarto quando o acordei porque se queria vestir sozinho, mas mesmo sozinho, sem ninguém a vigiar. E é que não se esqueceu de nada.
Quase 4 anos, quase um homenzinho!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

com o leite...


As embalagens do leite que a pequenada bebe têm trazido um jogo de cartas com várias imagens de animais legendadas com o seu nome em inglês.
Para quem, como nós, que compra leite a granel (enquanto o pai não cumpre a ameaça de comprar directamente uma vaca e instalá-la no andar de cima da casa, nos tempos em que também trazia um copo de leite aqui para a mamã grávida), as ofertas que "gentilmente" os produtores juntam às embalagens podem ser um benefício ou um grande transtorno.
Depois de me fartar de apanhar pelo chão as imensas peças do puzzle do abecedário ou depois de esconder as bolas insufláveis, antes que eu própria não conseguisse entrar em casa, eis que surge "atrelado" ao leite uma oferta interessante.
Depois de bem distribuídas as cartas por cada um dos muitos, durante uns dias eles entusiasmaram-se a descobrir e memorizar os nomes dos animais em inglês.
O G. apreciou a oferta bem mais que os irmãos e, todas as manhãs, depois de deixar os mais velhos na escola, vamos os dois a jogar às cartas até ao infantário. Ele pergunta e eu respondo:

- Abelha?
- Bee.
- Certo! Rã? (não dá para ver o sexo do bicho???)
- Frog.
- Boa mãe! Cavalo? (Ah, é verdade, não diz gavalo)
- Horse.

Com as sucessivas repetições, o G. já vai fixando alguns nomes, e então é ele quem diz:

- Cat?
- Gato.
- Certo! Lion?
- Leão.
- Muito bem!...

Mas às vezes baralha-se...

- Max?
- Cão.
- Certoooo!!!

O dog ficará para a semana...