sexta-feira, 9 de outubro de 2009

enovelar


Tenho uma manta nova já à espreita, numa pilha de novelos de cores quentes e aconchegantes. Decidi que não lhe deito a agulha enquanto não acabar a manta em zig zag, que ando a crochetar há um par de meses.

E não fizesse eu tantos zig zag's nos meus trabalhos e ela já estava a cobrir outras pernas para além das minhas.
A lã que vou usar para a manta não saiu das prateleiras da loja, mas se a experiência resultar, é bem capaz de ir lá parar.
Passo das riscas para os quadrados, num trabalho mais portátil, mais adequado para esta fase do ano. Há muito que não usava meadas e já não me lembrava da animação que é enovelar o fio que gira na dobadeira.

A minha mãe deu voltas aos sacos e aos trapos e recuperou esta verdadeira relíquia. Em madeira e com o preço inscrito a lápis na caixa (390$00), a dobadeira já cá mora e passou por várias mãos mais pequenas.



A colaboradora mais activa foi a L. que fazia do processo uma autêntica de brincadeira, que superava um bom mergulho na piscina. Perguntou-me se eu ajudava a minha mãe quando tinha a sua idade que eu disse-lhe que sim, que era tarefa minha.
- Então podes-me deixar sozinha a dobar a lã, também quero fazer parte da história da família!




É poeta, a miúda!


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