Vai para 3 semanas que temos visitas em casa, entre sobrinhos e amigos dos meninos, à mesa nunca somos menos de 6 nem mais de 10 (e ainda nem chegaram as férias, a dos adultos, é claro!).
Montamos uma piscina maior, reforçamos a despensa com bolachas, iogurtes, pão e salsichas para os cachorros e maçãs, vários quilos de maçãs e temo-nos entendido cá todos. As camas também estão todas ocupadas e às vezes despacham-se 2 para a casa ao lado. À parte as habituais pegas entre irmãos e um ambiente sonoro com decibéis acima do permitido, ninguém resiste às rotinas da casa. Seja mãe, tia ou nada disso, aqui quem usa saia é mãe e se a mãe manda comer tudo, os meninos comem tudo e vêm o rosto espelhado no prato.
Com algumas folgas, obviamente, que eles não deixam passar despercebidas:
- Queres cenouras M.?
- Não, obrigado.
A L.:
- Eh, ó mãe, e nós temos que comer???
- Tem paciência, o M. não é meu filho e vocês são...
Diz ela...
- Ó tia!!!
Também já não me lembro de ir ver um filme para adultos e já sei os genéricos do Disney Chanell todos de cor. Em contrapartida, como pipocas sem constrangimento numa fila do cinema ocupada pelos netos da minha mãe e recebo mais abraços por dia do que poderia imaginar. Quando os ânimos se exaltam e os impulsos não se refreiam, vamos pintar, brincar e criar autênticas obras de arte.
Este foi o meu presente de aniversário, à minha espera desde as 7h30m da manhã, numa mesa posta com pratos e talheres para comer panquecas que eu haveria de fazer, enfeitado com um vaso desviado da janela da cozinha.
E agora com licença que eu vou festejar 35 anos a jogar bowling (e a levar com uma banhada de strikes marcados por eles) e a comer batatas fritas e pipocas, no meio de 4 abaixo dos 10 anos. Embora me apetecesse torrar ao sol da praia a fazer hexágonos de tecido, com agulha e linha, envolvidos nos papéis que eles me ajudaram a recortar. Mas não seria a mesma coisa...