Encontrei este poema da Leonor, da época em que a escrita só lhe corria a rimar.
Não me lembro a que propósito nem em que contexto o escreveu, mas é assim que eles se dão, pai e filha.
Com os meninos, o pai é um deles, nem sempre o que se porta melhor, e é isso que eles lhe apreciam mais.
Invariavelmente, envolvem-se os quatro em brincadeiras radicais, na água, com a bola ou a ver a bola. Apesar de benfiquista desde pequeno, ele leva os filhos ao Dragão, num exercício de democracia desportiva, que lhe deve sair das tripas.
Eu, que estou ali atrás do cesto de basquete, escapo a esta agitação, que eles sabem que a mãe é mais de fios e trapos, livros e jogos de mesa, mimos de sofá e leite com bolinhos.