Seja a chutar à bola , a jogar o monopólio ou a contar anedotas, nenhum deles gosta de perder.
Então dão a volta ao resultado, anulam golos e colocam traves a meio da baliza. Para não perder declaram banca rota e cortam o financiamento do jogo.
Fazem fintas e rasteiras, mudam as regras a toda a hora e dizem que nós, os adultos, é que não sabemos nada, que o jogo nem é para a nossa idade, e quem sabe é quem joga, que é como quem diz, quem consegue ganhar!
Mas às vezes nada disso resulta e então há choro, baba e ranho. A bola é sequestrada e mais ninguém joga. E nós, os adultos, os tais das regras do jogo, somos injustos, e só fazemos isto para os arreliar, porque não gostamos deles e se calhar nem somos os seus pais.
Outras vezes, um deles põe-se do nosso lado, e é aí que se entorna o caldo.
Aconteceu assim há dias, quando a L. não aceitou os golos do irmão, porque ela ainda não estava preparada, porque ele não respeitou a distância regulamentar...porque ela não apanhava uma.
Farto de a aturar, o G. desabafou com o pai:
- Eu acho que a L. já está fora da validade!!!