domingo, 30 de novembro de 2008

nem a feijões!

Seja a chutar à bola , a jogar o monopólio ou a contar anedotas, nenhum deles gosta de perder.


Então dão a volta ao resultado, anulam golos e colocam traves a meio da baliza. Para não perder declaram banca rota e cortam o financiamento do jogo.


Fazem fintas e rasteiras, mudam as regras a toda a hora e dizem que nós, os adultos, é que não sabemos nada, que o jogo nem é para a nossa idade, e quem sabe é quem joga, que é como quem diz, quem consegue ganhar!


Mas às vezes nada disso resulta e então há choro, baba e ranho. A bola é sequestrada e mais ninguém joga. E nós, os adultos, os tais das regras do jogo, somos injustos, e só fazemos isto para os arreliar, porque não gostamos deles e se calhar nem somos os seus pais.


Outras vezes, um deles põe-se do nosso lado, e é aí que se entorna o caldo.


Aconteceu assim há dias, quando a L. não aceitou os golos do irmão, porque ela ainda não estava preparada, porque ele não respeitou a distância regulamentar...porque ela não apanhava uma.


Farto de a aturar, o G. desabafou com o pai:


- Eu acho que a L. já está fora da validade!!!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

ao piano



Com 7 anos, ou se toca piano ou se toca o chão com os pés.


Está visto que os dois ao mesmo tempo ainda não resulta.


Depois do que ouvi, também prefiro que ela toque no piano...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

dqs5

Todos os dias me convenço mais que sou daquelas pessoas que, à beira do abismo, dá um passo em frente.
Este doll quilt swap foi o tal passo em frente, de quem não tem não tem juízo suficiente para se desviar de trabalhos e confusões e se mete sempre em mais alguma.
Por ser rapariga de muitos projectos inacabados, por nunca ter feito contas ao tempo que me demora uma parte, e daí calcular o todo, atraem-me estes trabalhos mais pequenos.
Iludo-me com a perspectiva dos acabamentos, do resultado imediato, mas envolvo-me de tal maneira nos pormenores que, se usasse o tempo para fazer em tamanho de gente, daria para umas duas ou três mantas.

Mas esta manta não é de gente grande, é de bonecas.
Achei graça à ideia de fazer uma manta para bonecas e enviá-la para longe, a caminho de bonecas que nunca vi, nos braços de pessoas que nunca ouvi.
Tem o gosto de brincar às casinhas na aldeia global.
E porque o tempo nunca é perdido, aqui experimentei o chenille, contornado em easy braid, que de easy não teve nada e me deu uma trabalheira desgraçada para acertar os cantos.
Está pronta há uns pares de dias, a aguardar a assinatura antes de voar para outras paragens.
Espero que as bonecas holandesas também gostem!



quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ideias/idées


Um dia chamaram-me idiota e eu fiquei ofendida.


Depois explicaram-me que um idiota não é um parvo chapado mas uma pessoa com ideias, muitas ideias!


Se é assim ou não, nunca me interessei, porque esta é a versão que me cai melhor.



Por isso eu gosto tanto desta revista e dou várias voltas às páginas para sugar cada uma das tantas ideias que as imagens mostram. Ideias que talvez nunca venha a materializar mas que me ficam na mente (eu ia dizer na ideia, que é como se diz por cá) durante muito tempo.


Hoje foi dia de ir deitar a L., num tempo sem minutos só para mim e para ela.


Eles escolheram os dias de cada um e hoje o dia era da L..


A sugestão foi nossa, a escolha foi deles: a 2ª feira é do J, a 3ª do G. e a 4ª da L.

A 5ª feira é minha e do pai e a 6ª é dos 3, a anteceder 48 h a 5.


Deitamo-nos as duas a desfolhar uma revista das que a mãe gosta e que traz as bonecas que ela adormece no colo.


Escolhemos as roupas da próxima estação e fizemos ajustes ao gosto da dona, que quer uma boina em vez de um gorro, assim inclinada para o lado, estás a perceber?






Pela primeira vez a L. voltou a página e encontrou outras imagens, muitas ideias que geravam novas ideias na sua cabeça e que ela partilhava com um gosto que não lhe conhecia.



O estojo de alfinetes transformado em cartão de boas festas e os alfinetes podem ter flores, e botas de Natal e caras de urso (salvo seja!) e estrelas e assim e assado.








A árvore de Natal, então, cheia de laços pode esconder um chocolate ou outra surpresa, uma coisa boa e o primeiro que a descobrir tem direito a abrir o primeiro presente. Era boa, não era?!



Para ela pediu este cachecol, tal e qual, vermelho e branco, com os quadradinhos em baixo, assim como este, quentinho.



A ver se faço e passo a ideia para as agulhas...



quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Travassos


Fomos a Travassos espreitar mais um bocadinho do Minho.




Dormimos ao lado do Museu do Ouro e vimos como ele se molda e se torce para encher as formas da mais fina filigrana.




Contamos as contas de Viana, que afinal não são feitas em Viana, mas na Póvoa de Lanhoso, das mãos de muitos ourives de Travassos.




Brincamos a sonhar com o Verão.


Trepamos paredes e telhados seculares, onde em tempos o Rei D. Afonso Henriques aprisionou a sua mãe, o malvado!...




... e olhamos de perto os castros de Lanhoso, uns redondos (pré-romanos) e outros quadrados (romanos), cobertos de colmo, como o avô explicou.




No regresso, apanhamos bogalhos e bolotas com chapéu.






E porque nem só de natureza e ar puro vive o Homem, rendemos-nos às altas tecnologias, que deram aos pais e aos avós uns bons minutos de sossego!





Este texto podia muito bem ter sido escrito por eles, se ele fossem menos ajuizados que a mãe e estivessem acordados a estas horas...0:55h...Boa noite!