domingo, 1 de maio de 2011

da mãe

Volvidos 5 anos desde que aqui cheguei, é novamente dia da mãe!
Ao contrário do que aconteceu há 5 anos atrás, não tenho os meus "pintos" debaixo da minha "asa", que voaram para outros lados, em parelha com os amigos. Ficou connosco a Leonor que nos oferece a música de fundo deste fim de semana enquanto estuda piano para o concurso. Uma delícia para os ouvidos!
Os presentes, os abraços e os beijos foram ontem, em festejo vespertino entre mães, a deles e a minha.

Da minha mãe, recebi há algum tempo o melhor presente de filha, uma colcha de renda, feita em rosetas, ao longo de 30 anos, seguramente.

Depois de terminar a colcha da cama dela, às vésperas do seu casamento, com 420 rosetas e ziliões de "rabinhos de porco" na franja, a minha mãe sempre teve vontade de fazer uma colcha de renda para a cama de cada um dos filhos. Louvo-lhe a coragem!

As rosetas andavam sempre na bolsa, de rua e de viagem (quando ainda se podia embarcar com agulhas de crochet) e iam-se completando uma a uma, em contagem decrescente para um número que também ascendia às centenas.


Planeada para a cama de solteiro do meu irmão, rapidamente o rapaz cresceu mais depressa que a colcha, e saiu de casa sem a levar. 

Sem concorrentes à vista, pedi para mim esta magnifica colcha, e guardar com ela todas as memórias da minha mãe a dar a volta ao fio e ao quadrado, um após outro,  ano após ano, em tantos momentos e em tantos lugares do mundo.

Muda-se a cama, aumentam-se as rosetas, prolonga-se o tempo e ficou planeada para o dia do meu casamento.


O tempo voltou a andar mais rápido e foi a colcha de núpcias da minha mãe que fez as núpcias do meu casamento. Que grande honra!


Mas esta continuou nas bolsas e depois nas caixas e contadas as peças (550) ,escolhemos a renda para as juntar. E assim ficou pronta e se tornou um autêntico tesouro de família!


Está na nossa cama desde que o sol decidiu vir para ficar, fazendo do nosso quarto um lugar ainda mais luminoso!